Autor: Lusa/AO Online
Arménio Carlos considera que os autores desta medida "devem ser responsabilizados", dirigindo-se ao Governo e em particular ao Ministério da Educação e Ciência (MEC).
"É o Governo que está a violar constantemente a lei e neste caso concreto dá o sinal ao país que não sabe respeitar o direito à greve", disse Arménio Carlos à saída de um plenário de trabalhadores em Castelo Branco.
Ao caso denunciado na quarta-feira pela Fenprof o MEC respondeu à agência Lusa que "considerando que o pré-aviso de greve incide no serviço de avaliação dos alunos, a ausência do docente ao serviço [...] é contabilizada proporcionalmente, se o docente nesse dia tiver mais serviço atribuído" e "é contabilizado um dia de greve se o docente apenas tiver como serviço atribuído a/s reunião/ões de avaliação a que não compareça".
No final do plenário em Castelo Branco, com trabalhadores de um hipermercado da cidade, o secretário-geral da CGTP condenou ainda a hipótese de redução dos dias de férias para os trabalhadores da função pública.
"É mais um roubo a juntar ao que já fizeram de três dias dos trabalhadores do setor privado e aos quatro de feriado que nos tiraram a todos", disse o dirigente sindical, para quem a medida nada tem a ver com o défice "mas com a transferência dos rendimentos do trabalho para o capital".
Arménio Carlos está a visitar várias empresas do distrito de Castelo Branco no âmbito da mobilização para a greve geral do dia 27.