Autor: lusa
Segundo a governante, esta medida, insere-se no seguimento da ação do Ministério da Saúde de "alargar faseadamente esta disponibilidade de meios de tratamento, a todos que tenham indicação do médico para poderem usar as bombas".
"As bombas de insulina são fundamentais para que estas crianças possam viver a sua vida normal, correr, saltar e brincar como todas as outras crianças", adiantou a ministra da Saúde, que falava durante a abertura do IV Fórum Nacional da Diabetes, em Aveiro.
Inicialmente, as bombas de insulina começaram a ser distribuídas apenas aos doentes com indicações clínicas para terem os aparelhos e, no ano passado, passaram a ser distribuídas, também, a diabéticas do tipo 1 que queiram engravidar ou que já estejam grávidas.
As bombas infusoras de insulina são pequenos dispositivos eletrónicos, com um reservatório de insulina de ação rápida, ligado a um tubo muito fino que leva a medicação até um cateter colocado por debaixo da pele, diminuindo, assim, as injeções necessárias para manter os níveis adequados de glicose no sangue.
Ainda no decorrer do Fórum, a ministra da Saúde anunciou a criação de um projeto piloto para a gestão integrada da diabetes, que vai ser implementado "de imediato" em sete locais do País, abrangendo cerca de um milhão de pessoas.
Este projeto, segundo a governante, surge da necessidade de "desenvolver modelos de gestão de doença crónica. Isto é, de fazermos um programa integrado para acompanhar pessoas que têm doenças como esta".
Ana Jorge explicou ainda que, com este projeto pretende-se alcançar uma "gestão integrada da doença", podendo de uma forma "mais racional e mais próxima das pessoas" responder àquilo que são as necessidades dos diabéticos.
Atualmente, segundo o coordenador do Programa Nacional da Diabetes, José Manuel Boavida, existem mais de 900 mil pessoas em Portugal com diabetes, embora cerca de 400 mil não estejam diagnosticadas.