"Ninguém pode sonhar em lucrar, prejudicando os interesses de Espanha e de todos os cidadãos, por isso, peço responsabilidade, peço altivez, peço, acima de tudo, patriotismo", disse, num apelo claro ao PP (Partido Popular).
O objetivo é que o Conselho Europeu aprove o plano da Comissão Europeia e que esse entre em vigor o quanto antes, adiantou.
“Se a Espanha ganha, todos ganhamos, se a Espanha perde, não só perde o Governo de Espanha, mas perdemos todos”, enfatizou, frisando que o plano é “capital” para a recuperação e que inclui 500 mil milhões de euros em transferências diretas e 250 mil milhões em empréstimos.
Mostrando-se convicto de que a recuperação será mais rápida e efetiva com unidade, Sánchez citou o provérbio oriental: “quando sopram ventos fortes, algumas pessoas dedicam-se a construir muros, enquanto outras constroem moinhos”.
Na sua opinião, após o "vendaval" da pandemia existem apenas duas respostas possíveis: "ser um muro ou ser um moinho, divisão ou transformação".
“Podemos utilizar a tempestade que temos vivido para a converter numa força positiva, de transformação”, para forjar alianças entre gerações, empresários e trabalhadores e “todos os povos de Espanha” e avançar na recuperação e crescimento, vincou.
“Está nas nossas mãos transformar esta aspereza e dor em algo que nos faça melhorar e nos fortaleça como país”, frisou.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 430 mil mortos e infetou mais de 7,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.517 pessoas das 36.690 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
