Açoriano Oriental
Saúde
Cobre induz envelhecimento celular
Um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina do Porto demonstrou que o cobre pode estar envolvido no processo de envelhecimento celular, agindo sobre as células humanas da mesma forma que outros oxidantes, como a radiação UV.

Autor: Lusa/AO online
Em declarações à Lusa, a investigadora Liliana Matos explicou que o objectivo deste estudo, que está a ser desenvolvido no âmbito da sua tese de doutoramento, é analisar o efeito de alguns metais no envelhecimento celular.

“As principais conclusões mostram que quando aumentamos a concentração de cobre as células passam a apresentar várias características próprias de degenerescência celular”, disse.

O cobre é um elemento essencial para o bom funcionamento do organismo, estando presente em diversos alimentos, como as ostras, fígado, cacau e nozes, entre outros.

No entanto, “quando existe em concentrações muito elevadas ou quando se regista uma desregulação do seu metabolismo, ele associa-se a doenças cerebrais e hepáticas. Aliás, sabe-se que a acumulação de cobre está envolvida no desenvolvimento de patologias associadas à idade, tais como o Alzheimer, por exemplo”, sustentou a investigadora.

Liliana Matos referiu que durante o envelhecimento há acumulação de vários metais nas células humanas, mesmo quando não existe nenhuma patologia associada.

“É por isso que é importante avaliar a influência desses metais no processo de envelhecimento”, considerou.

Assim sendo, no âmbito do seu projecto de doutoramento, a investigadora da FMUP optou por estudar o impacto do ferro e do cobre no envelhecimento celular. Para desenvolver este trabalho, utilizou técnicas de indução de senescência (envelhecimento celular) prematura “in vitro”, com o objectivo de verificar se esses metais induzem, por si só, o envelhecimento.
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