Açoriano Oriental
Chega/Açores questiona Governo Regional sobre rentabilidade de rotas da Azores Airlines

O Chega/Açores questionou o Governo Regional, através de um requerimento, sobre a rentabilidade das rotas da companhia aérea açoriana Azores Airlines, do grupo SATA, alertando para a situação financeira da empresa.

Chega/Açores questiona Governo Regional sobre rentabilidade de rotas da Azores Airlines

Autor: Lusa/AO Online

“Como é do conhecimento público, a situação financeira da SATA Azores Airlines tem sido assunto que tem merecido a atenção do Chega, que, publicamente, tem advertido que o Governo dos Açores não pode continuar a suportar a dívida da empresa”, afirmou o Chega/Açores, em comunicado de imprensa.

Segundo o Chega, “tendo em conta que decorre o plano de reestruturação da empresa”, importa “perceber o rumo financeiro” que a Azores Airlines pretende levar e “quais os custos inerentes às opções da companhia aérea”.

O partido, que tem um deputado na Assembleia Legislativa dos Açores, questionou o executivo açoriano, em requerimento, sobre “quais as rotas operadas atualmente” pela Azores Airlines e quais as “novas rotas em análise”.

Solicitou ainda ao Governo Regional que revele “qual a rentabilidade de cada uma das atuais rotas operadas pela Azores Airlines” e das “futuras rotas”.

A coligação PSD/CDS-PP/PPM, que formou governo nos Açores em novembro de 2020, está dependente de acordos com Chega, Iniciativa Liberal e deputado independente (ex-Chega) para ter maioria no parlamento açoriano.

Ouvido na semana passada, na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa dos Açores, o presidente do conselho de administração da SATA, Luís Rodrigues, garantiu que as rotas da ilha Terceira para Nova Iorque, Oakland (Estados Unidos) e Montreal (Canadá) tinham “viabilidade económica” e uma margem de contribuição total de “430 mil euros”.

“Fizemos um trabalho profundo de análise económico-financeira de cada uma delas e de mercado”, frisou, acrescentando que o processo de reestruturação da companhia não permitia que essas rotas fossem realizadas de outra forma.

Segundo as Demonstrações Financeiras do Setor Público Empresarial Regional, o grupo SATA fechou o primeiro semestre de 2021 com um prejuízo de 44 milhões de euros.

Os resultados demonstram que, entre as empresas do grupo, a Azores Airlines registou cerca de 45 milhões de prejuízo (mais 11 milhões do que no ano passado), enquanto a SATA aeródromos teve um lucro de 281 mil euros e a SATA Air Açores um saldo positivo 528 mil euros.

O plano de reestruturação, apresentado em fevereiro de 2021, foi enviado para Bruxelas em abril e prevê que a companhia volte a ter lucros em 2023, com poupanças na casa dos 68 milhões de euros até 2025.

A Comissão Europeia autorizou, em 2020, um auxílio de emergência de 133 milhões de euros, tendo autorizado mais tarde um novo apoio no valor de 122,5 milhões de euros.

As dificuldades financeiras da SATA perduram desde pelo menos 2014, altura em que a companhia aérea detida na totalidade pelo Governo Regional dos Açores começou a registar prejuízos, entretanto agravados pela pandemia de covid-19.


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