CGTP e UGT realçam forte adesão, Governo alega que país não parou

A CGTP e a UGT enalteceram a forte adesão à greve geral, mas o Governo realçou que o país não esteve parado.


 

A paralisação de quinta-feira foi convocada pelas duas centrais sindicais contra o agravamento da austeridade em Portugal.

Apesar de salientarem a forte adesão à greve, a CGTP escusou-se a avançar com números e a UGT assinalou apenas uma participação de mais de 50 por cento.

No final de um desfile em Lisboa, entre o Rossio e o Parlamento, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse que "nada pode ficar como antes" depois da greve, que, a seu ver, foi "excecional" e provou que os trabalhadores "estão mais coesos" e que o Governo "não vai ficar mais forte".

O secretário-geral da UGT, Carlos Dias, considerou, num balanço ao fim da tarde, a greve como "um grito" dirigido ao Governo contra o "empobrecimento forçado dos portugueses", destacando a "fortíssima adesão no setor público".

Antes, ao início da tarde, o Governo, pela voz do ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, escusou-se a "entrar na guerra de números" de adesão, remetendo o balanço para os próximos dias, mas sustentou que o país não esteve parado.

Em resposta à comunicação social, na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros, Marques Guedes ressalvou que o Governo respeita "o exercício legítimo de quem entende exercer através da greve o seu protesto", mas acrescentou que o executivo "respeita mais ainda todos os portugueses" que estiveram a trabalhar na quinta-feira.

O dia ficou marcado com um incidente em Lisboa, quando mais de uma centena de manifestantes se concentrou na Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, numa acção que, segundo a comunicação social, teria como objectivo o bloqueio do acesso à Ponte 25 de Abril.

Ainda segundo a comunicação social, os manifestantes foram travados pela PSP e identificados, tendo sido notificados para comparecerem hoje de manhã no Tribunal de Pequena Instância Criminal, no Parque das Nações, em Lisboa.

 

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