César desafia PSD para campanha sem "insultos" pessoais

O líder dos socialistas açorianos desafiou ontem o PSD/Açores a desenvolver uma campanha eleitoral sem recorrer ao “insulto e desconsideração pessoal”, alegando que “isso não é bom” para a democracia e para a política.


“Espero que o PSD, que se assume nos Açores como o partido do bota-abaixo, não recorra ao insulto e à desconsideração pessoal que usou na última campanha eleitoral e que, pelos vistos, aqui no Pico já voltou a usar, através de um candidato local”, afirmou Carlos César.

    O presidente dos socialistas açorianos falava no primeiro comício do período oficial de campanha para as eleições regionais de 19 de Outubro, uma dia depois do PSD/Açores ter realizado uma iniciativa do género na mesma ilha.

    Perante um salão na Ribeira do Meio com algumas centenas de apoiantes, Carlos César comprometeu-se a realizar uma campanha eleitoral com respeito pelos adversários políticos e pela democracia.

    “Gostava que esta campanha – e tudo farei por isso – seja marcada por um profundo clima democrático, de respeito entre as diversas forças políticas e entre os diversos políticos”, salientou o candidato socialista, que está a percorrer as nove ilhas do arquipélago, sempre acompanhado da mulher.

    Para Carlos César, este esforço de esclarecimento dos cerca de 191 mil eleitores não prejudica, porém, a “ironia, a figura de estilo, o gosto da comunicação e a utilidade da polémica”.

    Num jantar-comício em que foram servidas as tradicionais sopas da ilha com cerca de 15 mil habitantes, o presidente do PS/Açores salientou que, nestas legislativas regionais, os açorianos terão de escolher “entre duas grandes opções políticas”.

    “Ou voltamos atrás, ao tempo do PSD, em que se perdeu população empregada – só entre 1985 e 1996 foram-se mais de quatro mil empregos – ou seguimos em frente, criando milhares de novos empregos, como na última década, em que foram criados mais de 23 mil novos empregados nos Açores”, salientou Carlos César.

    Segundo disse, a escolha no PSD seria num “Governo onde todos ralham, todos brigam uns com os outros e onde todos estão em fila para impedir que o que está à frente chegue a algum lugar”.

    Carlos César aproveitou, ainda, o Dia Internacional do Professor que ontem se assinalou para garantir que um Governo socialista encontra nesta classe profissional “o capital mais precioso para o êxito do sistema educativo” na região autónoma.

    “Tudo o que este Governo fez ou vai fazer destina-se a valorizar este elemento fundamental no sistema e nunca a denegrir ou a diminuir a profissão de professor que nós respeitamos e que queremos fazer respeitar”, assegurou César, que chefia o executivo açoriano desde 1996.

    Dedicando parte do discurso à Educação, o líder socialista realçou, ainda, que a “reforma profunda” que os seus executivos implementaram no sector foi alcançada “sem instabilidade”, através da firmeza, mas com capacidade de diálogo e bom-senso.

    Carlos César terminou mais um comício com o já habitual apelo ao voto a 19 de Outubro na ilha do Pico, à qual chegou, durante a tarde, de lancha, depois de ter percorrido cerca de 11 milhas a partir da ilha do Faial.

    O candidato socialista parte hoje, novamente por via marítima, para a ilha vizinha do Faial, onde se situa a sede da Assembleia Regional, que vai ter 57 novos deputados no final deste mês.
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