Açoriano Oriental
Açores/Eleições
CDU quer POSEI de transportes para uniformizar custos de produção agrícola

A CDU nos Açores quer uma “aposta mais decidida na diversificação e no escoamento local dos produtos agrícolas” e propõe a criação de um POSEI para os transportes, para mitigar as desigualdades nos custos de produção entre ilhas.


Autor: Lusa/AO Online

O coordenador regional do PCP, Marco Varela, disse, em declarações por telefone à Lusa, que a CDU quer uma “aposta mais decidida na diversificação no escoamento local dos produtos agrícolas, na recuperação de tradições e numa aposta nos produtos biológicos”.

Num dia em que a comitiva da coligação que junta o Partido Comunista Português e Os Verdes contactou com a população, comerciantes, produtores e agricultores dos três concelhos da ilha do Pico (São Roque do Pico, Lajes do Pico e Madalena), o candidato apontou para a necessidade de valorizar o preço do leite em toda a região e melhorar o “escoamento dos produtos, nomeadamente por via marítima”.

Na ‘ilha montanha’, o cabeça de lista pelos círculos do Corvo e de compensação lembrou que “produzir leite, no Pico e em algumas ilhas, é mais caro do que noutras, até pelos custos da ração, que é diferenciado e é mais caro”.

Para esse problema, a candidatura da CDU tem “uma proposta concreta”: a “criação de um POSEI de transportes, para ser igual, em todas as ilhas, os custos de produção”.

O POSEI é um apoio comunitário para a agricultura destinado às nove Regiões Ultraperiféricas da União Europeia.

Do contacto com a população, foram-lhe transmitidas, “sobretudo, as questões dos rendimentos, as reformas baixas, salários baixos, a dificuldade de terem um emprego estável”, afirmou.

A essas pessoas, o líder comunista frisou a “importância de irem votar, se estão descontentes, se anseiam uma mudança”.

“É importante ir votar e dar mais força a quem tem estado do seu lado na defesa de rendimentos, na defesa de salários, de pensões, de reformas. Utilizarem esse descontentamento, dando força a quem tem estado do seu lado”, reforçou.

A campanha eleitoral para as eleições legislativas dos Açores decorre entre 11 e 23 de outubro, estando o sufrágio marcado para o dia 25.

Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas (São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Flores e Corvo) e um círculo regional de compensação, reunindo os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

Ao todo, são 13 as forças políticas que se candidatam aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

A CDU concorre a todos os círculos eleitorais.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.

Estão inscritos para votar 228.572 eleitores.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.


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