Autor: Lusa/AO Online
"Os dados de 2016 e 2017 não enganam: a taxa de abandono precoce de educação e formação nos Açores é de 28%, mais do dobro da média do país; cerca de 70% da população não completou o ensino secundário, enquanto no país [a percentagem] é 61%; a população com 15 ou mais anos com o ensino superior é de 13%, enquanto no país é de 18%. A proporção de pessoas entre os 18 e os 64 anos que participaram em atividades de aprendizagem ao longo da vida é de 30,9%, enquanto no país é de 50,2%", sinalizou a deputada centrista.
Rute Gregório falava na Horta, ilha do Faial, numa declaração política na sessão plenária deste mês do parlamento açoriano.
O CDS lamenta que, após "mais de 20 anos" de liderança socialista dos Açores, a região mantenha, por exemplo, a "população menos escolarizada, os menores índices de frequência do ensino superior, de aprendizagem ao longo da vida e de conhecimento de uma segunda língua além da materna".
"Governar é uma responsabilidade. Governar é apresentar resultados. E governar, em autonomia, é uma responsabilidade ainda maior. Temos de ter melhores resultados", concretizou Rute Gregório.
A declaração política do Bloco de Esquerda (BE), por seu turno, foi dedicada aos números de pobreza no país e nos Açores.
"As taxas de risco de pobreza na nossa região são as maiores do país", lamentou o deputado bloquista António Lima, citando dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O parlamentar sinalizou que o combate à pobreza "devia ser um combate premente e imediato", dizendo que tal "não é prioridade" para o executivo regional.
"Neste plenário apresentaremos uma proposta que visa combater a precariedade que, como todos sabemos, é uma das causas dos baixos salários e da pobreza", disse ainda António Lima.