Açoriano Oriental
Bispo de Angra apela ao voto "consciente"
O bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, divulgou uma nota pastoral onde destaca a importância do voto, apelando aos católicos que votem "segundo os princípios da doutrina social da Igreja" nas eleições regionais de outubro nos Açores
Bispo de Angra apela ao voto "consciente"

Autor: Lusa/AO Online

"Votar é um dever grave, que todo o cidadão deve cumprir responsavelmente. Não é admissível que um católico não sinta a obrigação de votar", defende o bispo católico nesta nota pastoral, acrescentando que "não há democracia sem partidos", pelo que é preciso "escolher um".

D. António de Sousa Braga salienta que "não há partidos de Igreja ou da Igreja", mas refere que "o Magistério assinala critérios e diretrizes para cada um votar, em consciência, segundo os princípios da doutrina social da Igreja".

Nesse sentido, aponta como critério fundamental "a dignificação da pessoa e a realização do bem comum".

A promoção dos direitos humanos e a defesa e proteção da instituição familiar, "fundada na complementaridade homem-mulher", assim como o "respeito incondicional pela vida humana em todas as suas etapas e a proteção dos mais débeis" são alguns dos critérios que os eleitores cristãos devem ter em consideração.

O prelado considera ainda que deve pesar na decisão "a procura de solução para as situações sociais mais graves, a proteção dos desempregados, a igualdade de direitos, o combate à corrupção, a atenção às carências no campo da saúde e ao exercício da justiça e o respeito pelo princípio da subsidiariedade e apreço pela iniciativa pessoal e privada e pelo trabalho das instituições emanadas da sociedade civil".

D. António de Sousa Braga cita os bispos portugueses na Conferência Episcopal Portuguesa de 2009 para defender que "as opções políticas dos católicos devem ser tomadas de harmonia com os valores do Evangelho, sendo coerentes com a sua fé, vivida na comunidade da Igreja, tanto quando elegem, como quando são eleitos".

Para o bispo de Angra, os católicos "mesmo conscientes das limitações e imperfeições da atividade política - como tudo o que é humano" - devem procurar olhar para ela como uma "arte nobre".

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