Açoriano Oriental
“Amor Escárnio e Maldizer” no palco do Coliseu
O Coliseu Micaelense apresenta a 15 de Dezembro um concerto único dos Da Weasel, que promete ser o espectáculo de recinto fechado a registar maior adesão popular este ano nos Açores.

Autor: Hélder Blayer/Luís Pedro Silva

A banda portuguesa mais premiada internacionalmente deverá reunir em Ponta Delgada largas centenas de fãs para a apresentação regional do seu novo álbum “Amor Escárnio e Maldizer”, cerca de um mês depois do mega-concerto de consagração realizado no Pavilhão Atlântico de Lisboa.
O concerto de 15 de Dezembro é uma co-produção Coliseu Micaelense/Oficina da Ilusão, que traz os Da Weasel no momento mais importante da sua carreira: conquistaram a quádrupla Platina com o disco “Re-Definições” por mais de 80.000 unidades vendidas, receberam 2 Globos de Ouro (Melhor Grupo e Melhor Canção do Ano) e conquistaram o Prémio Best Portuguese Act da MTV.
Os Da Weasel nasceram em meados de 1993, como um projecto 100% em inglês e numa onda experimentalista. Na altura, eram Pac, Armando, Jay Jay Neige e Yen Sung. Um ano depois, dá-se a primeira aventura discográfica do grupo com o EP “More Than 30 Motherf***s”. Desde logo, surge o primeiro hino da banda que, ainda hoje, é um dos temas de maior sucesso em concerto: “God Bless Johnny”.
Passado um ano lançaram o álbum “Dou-lhe com a Alma”, que foi a primeira gravação de hip-hop de uma banda portuguesa.
Seguiram-se os álbuns “3º Capítulo” e “Iniciação a Uma Vida Banal”, “Podes Fugir Mas Não Te Podes Esconder” e “Re-Definições”.
Destacam-se ainda as participações no projecto “Tejo Beat”, colectânea de Mário Caldato e também em “XX Anos, XX Bandas”, disco de tributo aos Xutos & Pontapés, para além do tributo “Ar de Rock” de Rui Veloso.
Em entrevista à TSF Açores/Açoriano Oriental, o baixista e compositor da banda Jay Jay Neige explica como está a ser preparada a presença da banda nos Açores e diz existir uma mítica especial por actuar no Coliseu Micaelense.



Qual a expectativa para o vosso concerto no Coliseu Micaelense?
É um privilégio ir ao Coliseu. Será o nosso terceiro coliseu e aguardamos com grande entusiasmo o concerto no Coliseu Micaelense. A expectativa é enorme e estamos cheios de força para actuar.
Qual o alinhamento que vão apresentar no Coliseu Micaelense?
O alinhamento vai apresentar muito “Amor, Escárnio e Maldizer”, que é o nome do nosso último disco, depois vamos fazer uma retrospectiva da nossa carreira e apanhado dos nossos grandes sucessos musicais. Vai ser uma espécie de antologia e apresentação do novo disco.
God Bless Johnny é um tema incontornável para este espectáculo?
É uma das possibilidades. Ainda estamos a estudar como será o público. Mas esse é um tema incontornável na carreira dos Da Weasel. Se isso se proporcionar será com muito gosto que vamos tocar esse tema, porque é um tema especial.
Os temas do álbum “Re-definições” também vão subir ao palco?
Sim, pelo menos os temas mais emblemáticos do álbum e será um disco que vai contribuir com mais temas para o concerto.
O que pensam os Da Weasel das “doninhas” açorianas?
.... (risos) Felizmente os concertos nos Açores sempre foram agradáveis. Até hoje sempre sentimos muito carinho do público e acho que será um espectáculo muito especial, sobretudo porque se trata do Coliseu e existe sempre uma mística diferente quando actuamos em coliseus.
As vossas músicas falam dos problemas urbanos. Acha que as “doninhas” açorianas estão despertas para esse tipo de questões?
Confesso que não conhecemos a realidade açoriana como a zona onde vivemos, mas tratam-se de temáticas comuns e provavelmente as pessoas vão identificar-se com os nossos temas.
Considero que deverá existir alguma empatia com a mensagem da nossa música.
Qual é a principal mensagem de que os Da Weasel tentam passar através da música?
Não existe nenhuma mensagem em particular. Nós abordamos assuntos que achamos necessários e não temos nenhuma temática prediléctica.
Não existe nenhum tema específico.

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