Autor: Lusa/AO Online
Em declarações à agência Lusa, o coordenador da USNA, Diogo Júlio, indicou que o desemprego “aumentou 25 por cento desde Setembro de 2008".
“A situação é preocupante. O desemprego é a maior preocupação dos trabalhadores da região”, sublinhou.
Segundo os últimos números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em Setembro estavam inscritos nos centros de emprego da região de Portalegre 5315 desempregados.
De acordo com o sindicalista, a deslocalização da empresa Johnson Controls, de Portalegre, e o encerramento e despedimentos na Delphi e Subercentro, em Ponte Sor têm contribuído de uma forma “muito forte” para o desemprego na região.
“Quando ainda não conseguimos ultrapassar os traumas do encerramento da Fino´s (Portalegre), vimos encerrar a Robinson Bros (Portalegre), deslocalizar a Lactogal (Avis) e o fecho das explorações de granito em Elvas, Arronches e Monforte”, observou.
Diogo Júlio mostrou-se também preocupado com o “definhar” das empresas de granito Granisan e da Singranova (Nisa) e com o “arrastar” do período de lay off na Din`Aero (Ponte Sor).
“O drama torna-se ainda pior quando observamos que uma boa parte destes desempregados são jovens com pouco tempo de descontos, jovens em situação precária, a recibos verdes, verdadeiros dramas sociais”, disse.
Para suprimir a situação, a USNA defende que seja alargado o período de subsídio de desemprego, a revogação do factor de sustentabilidade e que sejam alteradas as regras de actualização das pensões e prestações sociais para evitar situações de “pobreza absoluta”.
Diogo Júlio defendeu ainda a criação de um “pacto regional para o emprego” para garantir que “todas as potencialidades” da região sejam “aproveitadas”.