Autor: Lusa/AO Online
Em comunicado enviado segunda-feira, a ASPP/PSP chama a atenção que com a proximidade do verão são necessárias diligências para “ultrapassar os obstáculos e mitigar os danos junto dos cidadãos, mas principalmente junto dos profissionais da PSP”.
A estrutura sindical adianta, no comunicado, ter enviado um oficio à Direção Nacional da PSP, com conhecimento à ministra da Administração Interna, dando conta de vários situações nos aeroportos envolvendo profissionais afetos à Unidade de Estrangeiros e Fronteiras.
A estrutura destaca os constrangimentos operacionais que se traduzem diariamente em grandes atrasos e enormes filas, um quadro que a estrutura considera “incomportável para o normal funcionamento daquele serviço”.
“A ASPP/PSP tem conhecimento que esta situação está a colocar estes polícias com trabalho acrescido, prolongando-se para além do horário normal, corte de folgas aos fins de semana - isto num quadro de exaustão (“burnout”)”, sublinha a estrutura.
De acordo com a ASPP/PSP, há profissionais com perda momentânea de consciência (desmaio) nas boxes.
“A PSP assumiu esta responsabilidade [Estrangeiros e Fronteiras] sem qualquer reconhecimento, quer do ponto de vista remuneratório e das condições de trabalho, o que reflete uma secundarização destes profissionais que agora são chamados a dar resposta”, realça a estrutura sindical.
No entendimento da ASPP/PSP, a “panóplia de entidades envolvidas nessa matéria, o pouco envolvimento dos profissionais da PSP dados a esta valência e a complexidade do sistema, mereciam outro tipo de sensibilidade política de quem gere processos desta natureza”.
A estrutura sindical alertou também a Direção Nacional da PSP que apesar dos profissionais “serem competentes, capazes, altruístas e sobejamente conhecidos pela sua capacidade de resiliência, ainda assim, não devem ser envolvidos numa situação destas em que a sua imagem e estatuto ficam manchados por razões cuja responsabilidade não lhes deverá ser imputada”.