Açoriano Oriental
Conselho Nacional do PSD analisa resultados das legislativas e vota apoio a Mendes para Belém

O Conselho Nacional do PSD vai reunir-se na quinta-feira pela primeira vez desde as legislativas que deram a vitória à AD para analisar a situação política e votar o apoio à candidatura presidencial de Marques Mendes

Conselho Nacional do PSD analisa resultados das legislativas e vota apoio a Mendes para Belém

Autor: Lusa/AO Online

Na reunião, será feita a análise dos resultados eleitorais das legislativas de 18 de maio, que ditaram um reforço da AD em votos e mandatos – e, sobretudo, na distância para o segundo e terceiro classificado em relação à última legislatura -, mas longe de uma maioria absoluta.

O resultado - com o Chega a poder ultrapassar o PS em número de deputados e tornar-se a segunda força política - ditou de imediato a demissão do líder socialista, Pedro Nuno Santos.

Quer o secretário-geral interino do PS – o presidente do partido Carlos César – quer o até agora candidato único à liderança, José Luís Carneiro, já sinalizaram que os socialistas vão viabilizar a entrada em funções do XXV Governo Constitucional, com Carneiro a defender que deve ser a AD a dar o primeiro passo para o diálogo e a afastar, para já, uma comissão de inquérito à empresa Spinumviva, na origem da crise política.

Nos últimos dias, a IL anunciou que irá avançar com um projeto de revisão constitucional – o que desencadeará automaticamente um processo de revisão -, ideia apoiada pelo Chega, que desafiou os líderes do PSD e dos liberais a um entendimento prévio nesta matéria, ainda sem resposta pública.

Estes três partidos, juntos, têm mais de dois terços dos deputados, mas também a soma dos parlamentares do PSD, PS e IL permite essa maioria.

O presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, mantém-se em silêncio desde a noite eleitoral, não tendo sequer prestado declarações aos jornalistas na primeira audiência com o Presidente da República, dois dias após as eleições.

Na noite eleitoral, leu os resultados como um voto de confiança enquanto primeiro-ministro, no Governo e no projeto político da AD, prometendo diálogo, mas pedindo responsabilidade “às oposições”, sem falar nem no PS nem no Chega.

Em relação a 2024, e sem os círculos da emigração, a AD subiu pelo menos 9 deputados e cerca de 140 mil votos, totalizando 89 parlamentares e 32,7% dos votos, com PS e Chega para já com 58 parlamentares.

Nessa ocasião, o líder da AD disse “não ver outra solução de Governo” que não passe por PSD e CDS-PP: “O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro; o povo quer que este Governo dialogue com as oposições, mas o povo também quer que as oposições respeitem e dialoguem com este Governo e com este primeiro-ministro”.

Na quinta-feira, Montenegro vai voltar a ser ouvido por Marcelo Rebelo de Sousa e poderá ser indigitado nessa ocasião novamente primeiro-ministro, ainda antes de chegar ao Conselho Nacional do partido.

De acordo com a convocatória do órgão máximo do PSD entre Congressos, a reunião terá também na ordem de trabalhos, além da análise da situação política, o “apoio a candidatura a Presidente da República”.

Apesar de a convocatória não referir qualquer nome, vários dirigentes do PSD, incluindo Luís Montenegro, já deixaram claro que irão propor ao partido o apoio ao seu antigo líder Luís Marques Mendes, que apresentou a candidatura no início de fevereiro para as eleições presidenciais de janeiro do próximo ano.

O Conselho Nacional do PSD, marcado para as 21h00 num hotel em Lisboa, vai realizar-se poucas horas depois de o almirante Henrique Gouveia e Melo apresentar oficialmente a sua candidatura à Presidência da República, iniciativa marcada para as 19h00 na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa.

De acordo com os estatutos do PSD, compete ao Conselho Nacional “aprovar as propostas referentes ao apoio a uma candidatura a Presidente da República”.

Nas últimas presidenciais, o PSD aprovou, na direção de Rui Rio, o apoio à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa Belém em setembro de 2020, ainda antes de o próprio a ter anunciado, uma moção que passou sem votos contra (61 a favor e nove abstenções).


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