Autor: Lusa / AO online
“Não há nenhum museu judaico em Portugal, este será o primeiro local com essa projecção e dimensão”, afirmou José Carp, presidente da Comunidade Judaica de Lisboa, em declarações aos jornalistas, em Ponta Delgada.
A Comunidade Judaica de Lisboa, proprietária do imóvel da sinagoga, assinou hoje, com a Câmara de Ponta Delgada, um protocolo, nos termos do qual cede o edifício à autarquia por um período de 99 anos.
O Município compromete-se a reabilitar o imóvel, actualmente bastante degradado, para ali instalar o museu e a biblioteca mas mantendo o local de culto.
Por essa razão, José Carp frisou que o projecto e as obras “serão acompanhadas por entidades religiosas”.
Na sua perspectiva, a reabilitação da sinagoga de Ponta Delgada permitirá “atrair muitos turistas judaicos”, salientando o facto dos judeus “se deslocaram mais facilmente a locais onde existem sinagogas”.
A sinagoga de Ponta Delgada, que possui vestígios únicos da cultura hebraica nos Açores, está encerrada há mais de meio século, encontrando-se o edifício, no centro da cidade, em ruínas.
O seu interior mantém, no entanto, intacta a traça original e alguns objectos de culto, entre os quais uma cadeira de circuncisão (1819), candelabros e documentação histórica em hebraico.
Na cerimónia de hoje, a presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral, recordou que a reabilitação da sinagoga era uma promessa antiga, frisando que a autarquia “não podia continuar indiferente” à situação em que se encontra o imóvel mas só agora foram criadas as condições para avançar.
Segundo Berta Cabral, que não revelou prazos, o concurso para o projecto de reabilitação do edifício será lançado em breve.
Por seu lado, Ehud Gol, embaixador de Israel em Portugal, elogiou a iniciativa e anunciou a intenção de criar em Portugal uma “rede de cidades com presença judaica”.
“Posso imaginar esta sinagoga há 150 anos, cheia de pessoas. É triste ver agora este lugar sem judeus”, salientou.
As primeiras referências concretas ao estabelecimento de famílias judaicas nos Açores datam da segunda década do século XIX, oriundas essencialmente de Marrocos, de onde saíram devido a restrições económicas que lhes haviam sido impostas.
Os judeus, com provável ascendência portuguesa, radicaram-se em várias ilhas do Arquipélago, tendo em 1818 sido criada uma pequena comunidade hebraica na cidade de Ponta Delgada.
O Arquipélago chegou a dispor de várias sinagogas nas Ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial mas, actualmente, resta apenas a de Ponta Delgada e o cemitério israelita em Santa Clara, datado de 1834.
A Comunidade Judaica de Lisboa, proprietária do imóvel da sinagoga, assinou hoje, com a Câmara de Ponta Delgada, um protocolo, nos termos do qual cede o edifício à autarquia por um período de 99 anos.
O Município compromete-se a reabilitar o imóvel, actualmente bastante degradado, para ali instalar o museu e a biblioteca mas mantendo o local de culto.
Por essa razão, José Carp frisou que o projecto e as obras “serão acompanhadas por entidades religiosas”.
Na sua perspectiva, a reabilitação da sinagoga de Ponta Delgada permitirá “atrair muitos turistas judaicos”, salientando o facto dos judeus “se deslocaram mais facilmente a locais onde existem sinagogas”.
A sinagoga de Ponta Delgada, que possui vestígios únicos da cultura hebraica nos Açores, está encerrada há mais de meio século, encontrando-se o edifício, no centro da cidade, em ruínas.
O seu interior mantém, no entanto, intacta a traça original e alguns objectos de culto, entre os quais uma cadeira de circuncisão (1819), candelabros e documentação histórica em hebraico.
Na cerimónia de hoje, a presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral, recordou que a reabilitação da sinagoga era uma promessa antiga, frisando que a autarquia “não podia continuar indiferente” à situação em que se encontra o imóvel mas só agora foram criadas as condições para avançar.
Segundo Berta Cabral, que não revelou prazos, o concurso para o projecto de reabilitação do edifício será lançado em breve.
Por seu lado, Ehud Gol, embaixador de Israel em Portugal, elogiou a iniciativa e anunciou a intenção de criar em Portugal uma “rede de cidades com presença judaica”.
“Posso imaginar esta sinagoga há 150 anos, cheia de pessoas. É triste ver agora este lugar sem judeus”, salientou.
As primeiras referências concretas ao estabelecimento de famílias judaicas nos Açores datam da segunda década do século XIX, oriundas essencialmente de Marrocos, de onde saíram devido a restrições económicas que lhes haviam sido impostas.
Os judeus, com provável ascendência portuguesa, radicaram-se em várias ilhas do Arquipélago, tendo em 1818 sido criada uma pequena comunidade hebraica na cidade de Ponta Delgada.
O Arquipélago chegou a dispor de várias sinagogas nas Ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial mas, actualmente, resta apenas a de Ponta Delgada e o cemitério israelita em Santa Clara, datado de 1834.