Na sua primeira visita à Islândia e em conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra islandesa, Kristún Frostadóttir, Rutte elogiou os planos das autoridades deste país para aumentar as despesas militares, considerando-os particularmente relevantes numa nação sem Forças Armadas permanentes, mas com localização geográfica decisiva para os sistemas de defesa aérea e monitorização no Atlântico Norte.
“Hoje, a periferia não existe”, defendeu o secretário-geral da Aliança, avisando que todo o território da NATO é vulnerável a um eventual ataque com mísseis russos e que cada aliado deve ser considerado um Estado na linha da frente, no contexto da segurança e dos valores da organização.
O responsável máximo da Aliança Atlântica enalteceu ainda o contributo islandês para o apoio à Ucrânia, nomeadamente na cooperação em operações de desminagem e no fornecimento de próteses a militares feridos.
Rutte abordou também a situação no Ártico, avisando para a crescente atividade da China na região e para o interesse de potências adversárias em explorar novas rotas marítimas, considerando este cenário um risco que exige vigilância reforçada.
Por seu lado, Frostadottir afirmou que o modelo de segurança da Islândia tem funcionado, mas reconheceu a necessidade de o tornar “mais robusto”, combinando recursos próprios com financiamento da NATO.
