“A senhora ministra demonstra uma tremenda dificuldade em explicar os argumentos do Governo para avançar com esta reforma” afirmou Tiago Oliveira, que falava aos jornalistas à margem do debate "As razões para enfrentar a contrarreforma laboral", promovido pela Associação Causa Pública.
Para a CGTP o que está em causa é um “profundo retrocesso para o mundo do trabalho” e uma tentativa de minimizar os trabalhadores.
A CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de dezembro, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo.
Na quarta-feira, a ministra do Trabalho disse, em entrevista à RTP, estar convicta de que a greve geral vai mesmo avançar, mas classificou a paralisação como "inoportuna", sublinhando que deve ser uma solução de último recurso, uma vez que é "um instituto danoso".
Na mesma entrevista, Maria do Rosário Palma Ramalho apontou também que a CGTP nunca assinaria um acordo.
Em resposta, Tiago Oliveira acusou a ministra do Trabalho de não conhecer o percurso das instituições com as quais se senta à mesa de negociação, sublinhando que a central sindical já assinou oito acordos em sede de Concertação Social.
“A senhora ministra está num cargo em que convém estar esclarecida para responder às perguntas que lhe são colocadas”, sublinhou.
