Autor: Lusa/AO Online
"Por iniciativa da Federação Russa foi retomado o diálogo direto entre a Rússia e a Ucrânia sobre a solução pacífica do conflito na Ucrânia", há uma dezena de dias em Istambul, garantiu o Ministério da Defesa russo num comunicado.
"Ao mesmo tempo, o regime de Kiev, com o apoio de alguns países europeus, tomou uma série de medidas de provocação com o objetivo de prejudicar o processo negocial", afirmou o comunicado.
O Ministério russo sublinhou que, desde 20 de maio, a Ucrânia "aumentou os seus ataques com recurso a ‘drones’ e mísseis" contra instalações civis na Rússia.
As autoridades russas disseram que os seus próprios ataques na Ucrânia foram uma "resposta" aos ataques com ‘drones’ ucranianos que causaram baixas civis russas.
A Rússia afirma ainda ter como alvo apenas instalações militares na Ucrânia, embora cidades inteiras tenham sido devastadas pelo ataque lançado em fevereiro de 2022.
A Ucrânia foi alvo de grandes ataques aéreos russos nos últimos dias. No domingo, 13 civis, incluindo três crianças da mesma família, morreram em ataques com mísseis e ‘drones’ russos, de acordo com Kiev.
Esta onda de ataques russos contra a Ucrânia levou o Presidente norte-americano, Donald Trump, a endurecer a sua postura contra Moscovo, considerando que o Presidente russo, Vladimir Putin, estava "completamente louco” e “a matar desnecessariamente muitas pessoas", não apenas soldados.
"Sempre tive uma relação muito boa com Vladimir Putin, mas aconteceu-lhe alguma coisa", disse Trump.
"Mísseis
e ‘drones’ estão a ser disparados contra cidades na Ucrânia sem
qualquer motivo", acrescentou o líder norte-americano, antes de avisar o
Presidente russo que isso "levaria à queda da Rússia" se demonstrasse
que queria "toda a Ucrânia, não apenas um pedaço dela".