Autor: Nuno Martins Neves
A RIAC já não vai vender passagens aéreas da SATA, tendo os trabalhadores da Rede Integrada de Apoio ao Cidadão recebido orientações para encaminharem os pedidos para o contact center da companhia área açoriana.
A confirmação foi dada ao jornal Açoriano Oriental por Orlando Esteves, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) Açores, que entende que assim a polémica fica resolvida.
“Tivemos conhecimento que a RIAC, na única vez que se dirigiu aos trabalhadores sobre este assunto, foi na passada semana, com o e-mail enviado em que dava conta que, quanto às reservas e venda de bilhetes, os trabalhadores estavam incumbidos de informar os cidadãos que se dirigissem ao balcão das SATA ou ligassem para o contact center. Isso para nós ficou resolvido, com esta tomada de posição da própria direção da RIAC”.
Apesar
de considerar que o assunto ficou resolvido, o sindicalista revela que
ainda não obteve resposta ao pedido de reunião com a tutela da RIAC.
“No dia a seguir às declarações do presidente da SATA, quando se levantou toda esta polémica, dirigimos um ofício ao secretário regional das Finanças a pedir uma reunião com caráter de urgência, para resolver esta questão e termos cópia do protocolo que o presidente da SATAdisse ter assinado com a RIAC. Essa reunião foi pedida, mas passou-se estes dias todos e continuamos sem resposta”.
Orlando Esteves considera que é importante ter acesso ao protocolo referido por Rui Coutinho, “para saber se alguma vez foi assinado ou não”.
De recordar que na semana passada a Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismoanunciou estar a desenvolver um plano conjunto com a SATA para minimizar os efeitos do fecho das oito lojas urbanas da companhia aérea nos Açores.
As oito lojas existentes nas ilhas de São Miguel, Santa Maria, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial e Flores foram encerradas no dia 1 de agosto, numa decisão do conselho de administração, dando seguimento ao previsto no plano da empresa. O fecho gerou uma onda de protestos por parte de autarcas, associações de município e partidos políticos, enquanto que o anúncio que a RIAC passaria a vender bilhetes da SATA levou agências de viagem, câmaras de comércio e SINTAP a aumentar o descontentamento, com acusações de ilegalidades e concorrência desleal.
O
presidente do Governo Regional dos Açores acabou por ter de vir a
terreiro afirmar ter sido surpreendido pela decisão e que iria avaliar
os conteúdos.