Autor: Lusa/AO Online
“Dedicamos o dia às questões ligadas à pobreza, às desigualdades sociais numa região com níveis de elevados de risco de pobreza, praticamente 32%, muito acima do nível nacional, e com maiores níveis de desigualdade social, que é gritante”, declarou o candidato do BE/Açores por São Miguel e pelo círculo de compensação após uma visita Santa Casa da Misericórdia Santa Cruz das Flores.
António Lima defende não só uma estratégia de combate à pobreza que “tenha efeitos a longo prazo mas, no imediato, medidas que atenuem e combatam a pobreza e garantam condições de vida decentes para quem está em situação de maior fragilidade”.
De acordo com o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, do Instituto Nacional de Estatística, realizado em 2019, sobre rendimentos do ano anterior, 17,2% dos portugueses estavam em risco de pobreza em 2018, menos 0,1 ponto percentual do que em 2017.
Nos Açores aumentou num ano o risco de pobreza e exclusão social, de 31,5% em 2017 para 31,8% em 2018.
A Região Autónoma dos Açores é a que voltou a apresentar um risco de pobreza acima da média nacional, sendo mesmo a maior de todas as regiões.
O risco de pobreza nos Açores está nos 31,8%, quando em 2017 era de 31,5%.
António Lima defende um aumento de complemento regional de pensão, o denominado “cheque pequenino”, para “um nível que permita às pessoas não estarem em risco de pobreza, para que nenhum idoso receba menos de 438 euros, que é o nível do indexante de apoios sociais, ou tendo creches gratuitas para famílias que precisam”, visando combater os encargos e gerar mais rendimento a quem trabalha.
O dirigente quer ainda “combater o trabalho informal, um problemas sério na região, bem como a precariedade laboral, que atinge jovens e, com maior gravidade, as mulheres”.
Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).
O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.
O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.
Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.