Autor: Lusa/AO Online
O registo dos portugueses perante os panamenhos é impressionante: no Mundial de 2016, na Colômbia, a equipa das ‘quinas’ já tinha goleado esta seleção por 9-0, naquela que era até hoje a maior goleada, repetindo a dose agora após oito anos, em Tashkent.
Um autogolo do guarda-redes Jaime Peñaloza abriu essa contagem, aos cinco minutos, seguindo-se os tentos de Afonso Jesus (06 e 16), Bruno Coelho (08), Tomás Paçó (12), Erick Mendonça (12), André Coelho (17 e 29), Edmilson Kutchy (20) e Pany Varela (37), tendo Alfonso Marquesi, através de uma grande penalidade, reduzido para o Panamá.
Os americanos até procuraram uma surpresa inicial, mas, já depois de um remate ao poste de Bruno Coelho, Portugal abriu o marcador aos cinco minutos e não permitiu mais nada ao Panamá, através de um autogolo infeliz do guarda-redes Jaime Peñaloza.
Pany Varela, a cumprir a 100.ª internacionalização, acertou no poste, mas a bola bateu nas costas do guarda-redes e entrou na baliza, sendo secundado prontamente por um segundo golo, da autoria de Afonso Jesus, a concluir uma boa jogada coletiva, aos seis.
Um remate de longe de Bruno Coelho ‘abriu o livro’ dos golos de bola parada, aos oito, no qual Jaime Peñaloza tentou afastar, mas para o fundo das redes, e, quatro minutos volvidos, Portugal apontou mais dois tentos de uma maneira idêntica, de bola parada.
Tomás Paçó atirou inacreditavelmente por entre as pernas de dois jogadores e ainda do guarda-redes contrário, enquanto, poucos segundos depois, chegou a vez de Erick Mendonça entrar na lista dos marcadores, também de primeira e sem dar hipóteses.
A ameaça do recorde já começava a pairar e a equipa das ‘quinas’ ficou perto dos 9-0 ainda na primeira parte, com mais três golos sem qualquer resposta dos panamenhos, com José Yearwood a cometer um erro grave e a dar o ‘bis’ a Afonso Jesus, na recarga.
André Coelho não tardou muito a fazer o 8-0, também de bola parada, deixando Jaime Peñaloza sem reação, e Edmilson Kutchy, com um trabalho incrível, que ‘sentou’ um oponente e rematou rasteiro, de novo por entre as pernas do guarda-redes contrário.
Com 8-0 ao intervalo, repetia-se a história de 2016, com André Coelho a fazer o ‘bis’ e a igualar esse recorde, através de uma fantástica finalização, aos 29 minutos, mas uma grande penalidade ‘descortinada’ através do sistema de vídeo veio estragar os planos.
Na cobrança da falta cometida pelo guarda-redes André Correia, aposta de Jorge Braz para o segundo tempo, Alfonso Maquensi enganou Edu Sousa, que entrou apenas para defender esse lance, mas não conseguiu impedir o golo de honra.
Um momento de ‘magia’ de Pany Varela ainda permitiu chegar aos dois algarismos, ao reagir rapidamente com o calcanhar a um remate alto e muito forte de João Matos, e o recorde foi negado pelo sistema de vídeo, sem penálti num lance com Zicky Té na área.