Autor: Lusa/AO Online
"Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que aqueles que cometeram estes crimes de guerra não fiquem impunes e possam comparecer perante os tribunais, neste caso perante o Tribunal Penal Internacional, para responder por estes alegados casos de crimes contra a humanidade, crimes de guerra e, porque não dizê-lo também, genocídio", disse Sánchez durante um fórum económico.
O chefe do Governo espanhol insurgiu-se contra a "agressão injustificada" do Presidente russo, Vladimir Putin, que "trouxe de novo a guerra à porta da União Europeia".
Imagens nas televisões e jornais de dezenas de corpos em valas comuns ou espalhados pelas ruas dos arredores da capital ucraniana, no fim de semana, na sequência da retirada russa, estão a chocar os países ocidentais.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou no domingo a Rússia de cometer "genocídio" na Ucrânia, um dia depois de muitos corpos terem sido encontrados em Busha.
Sánchez é um dos primeiros líderes europeus a utilizar o termo "genocídio", assim como o seu homólogo polaco, Mateusz Morawiecki, que também hoje pediu a criação de uma comissão de inquérito internacional sobre o "genocídio" na Ucrânia.
O número total de mortos ainda é incerto, mas, segundo a Procuradora-Geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, os corpos de 410 civis foram encontrados nos territórios da região de Kiev recentemente recapturados às tropas russas. A Rússia nega que qualquer irregularidade tenha sido cometida na área.