Autor: Susete Rodrigues/AO Online
O social democrata lembrou que “muitos dos trabalhadores despedidos da
Cofaco já deixaram até de receber o subsídio de desemprego, estando sem
alternativas num mercado de trabalho muito limitado e ainda mais
fragilizado com a crise económica e social causada
pela pandemia”, disse citado em comunicado.
“É preciso de uma vez por todas por mão a este assunto e ajudar as
pessoas”, apelou Paulo Moniz, lembrando que a iniciativa em causa “cria
um regime transitório de apoio com prolongamento do prazo do subsídio de
desemprego, com majoração do apoio social RSI
em 20% e do abono de família em 25%, até janeiro de 2024, data em que se
espera já a nova fábrica esteja em laboração”.
O deputado açoriano recordou que, desde o encerramento da fábrica, em
janeiro de 2018, “têm sido constantes as expetativas criadas aos cerca
de180 trabalhadores, mas nunca houve medidas concretas de apoio social,
apesar do Orçamento do Estado deste ano obrigar
o Governo a instituir esse mesmo regime especial e transitório de
majoração dos apoios sociais. Sobre a nova fábrica, anunciada para
janeiro de 2020, estamos em Setembro e nem se iniciou”, frisou.
“Os ex-trabalhadores da Cofaco já esperaram demasiado tempo sem que nada
de concreto fosse feito”, alertou o deputado, relembrando que os
parlamentos dos Açores e da República “aprovaram várias recomendações ao
Governo para que fosse criado um regime especial
e transitório de majoração dos apoios sociais”.
“Apesar da aparente unanimidade em torno da resolução desta matéria, o
Governo teima em ignorar um drama real dos trabalhadores despedidos da
fábrica da Cofaco no Pico”, lamenta.
“Apelo ao consenso, para que possamos juntos dar um exemplo de para que
serve efetivamente a política e ajudar estas pessoas. Isto não é pedir
um favor. Esta é uma questão de justiça social. Foi também para isto que
todos fomos eleitos, sobretudo e neste caso,
os que aqui estamos em representação do Povo das nossas nove ilhas. Não
dar um voto favorável a esta proposta é falhar aos ex-trabalhadores da
Cofaco e é votar contra os Açores”, concluiu Paulo Moniz.