Passos Coelho e Portas voltam a reunir-se

Os líderes da coligação governamental, Pedro Passos Coelho, do PSD, e Paulo Portas, do CDS-PP, voltam a encontrar-se esta quinta-feira de manhã, em Lisboa, para continuar as conversações com vista a "uma solução viável" de governação.


 

Depois de duas demissões em dois dias - primeiro Vitor Gaspar de ministro das Finanças na segunda-feira e de Paulo Portas de ministro dos Negócios Estrangeiros na terça -, os presidentes dos dois partidos reuniram-se quarta-feira à noite, na Residência Oficial de São Bento.

O encontro foi descrito à agência Lusa por uma fonte governamental como "muito construtivo".

Passos e Portas estiveram reunidos no final de um dia em que a comissão executiva dos centristas mandatou o líder do partido para reunir com o presidente do PSD e encontrarem "uma solução viável para a governação em Portugal".

Hoje à tarde, já depois do novo encontro de Passos e Portas, o Presidente da República, Cavaco Silva, recebe no Palácio de Belém o chefe do Governo.

"Em face da situação criada pelo pedido de demissão do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, apresentado ao primeiro-ministro", Cavaco Silva decidiu reúnir-se hoje com o primeiro-ministro no Palácio de Belém, em Lisboa, ouvindo "seguidamente os partidos com representação parlamentar", segundo um comunicado divulgado na quarta-feira.

A data da ronda presidencial com os partidos ainda não foi anunciada.

Na quarta-feira, Cavaco Silva reuniu-se com António José Seguro, numa audição que tinha sido pedida na segunda-feira, com caráter de urgência, pelo secretário-geral socialista depois do anúncio da demissão do ministro de Estado e das Finanças Vítor Gaspar e antes de ser conhecido o pedido de demissão de Paulo Portas, na terça-feira.

No final, Seguro defendeu a realização de eleições legislativas antecipadas a 29 de setembro, o mesmo dia das eleições autárquicas.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, apresentou na terça-feira o seu pedido de demissão ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, uma decisão que classificou como "irrevogável" e que justificou com a discordância na escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças, depois da saída de Vitor Gaspar, na segunda-feira.

Na terça-feira à noite, numa declaração ao país, Pedro Passos Coelho anunciou que tenciona manter-se como primeiro-ministro e disse que "seria precipitado" aceitar de imediato o pedido de demissão de Paulo Portas, pelo que não propôs a exoneração ao Presidente da República do ministro dos Negócios Estrangeiros.

Na quarta-feira, reuniu-se a comissão executiva do CDS que mandatou o presidente do partido, Paulo Portas, para reunir "com a máxima brevidade" com o líder do PSD, Passos Coelho, e encontrarem "uma solução viável para a governação em Portugal".

 

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