Açoriano Oriental
Passos Coelho define o partido como reformista, personalista e interclassista
O presidente dos sociais-democratas, Pedro Passos Coelho, considera que os princípios orientadores do PSD permanecem intactos e define-o como um partido reformista, contrário aos "planos revolucionários", personalista, por oposição às "opções coletivistas", e interclassista.
Passos Coelho define o partido como reformista, personalista e interclassista

Autor: Lusa/AO Online

Estas opiniões de Pedro Passos Coelho encontram-se no prefácio do livro "Contributos para uma Social-Democracia Portuguesa", que reúne as conclusões do trabalho da comissão de revisão do programa do PSD, intitulada Gene PSD, presidida por José Pedro Aguiar-Branco.

José Pedro Aguiar-Branco entregou as conclusões desse trabalho a Pedro Passos Coelho em março do ano passado, mas elas não foram tornadas públicas até agora.

Entretanto reunidas em livro, vão ser apresentadas hoje à noite, numa cerimónia em Lisboa, com a participação de Aguiar-Branco e de Passos Coelho, num contexto de preparação do Congresso do PSD de 23, 24 e 25 de março, que tem na sua agenda a revisão do programa e dos estatutos do partido.

"No domínio dos princípios gerais e orientadores, a proposta originária do PSD permanece intacta. A via reformista, por contraposição aos planos revolucionários de engenharia social, por um lado, e ao imobilismo atávico, por outro. O personalismo, centrado no valor incomensurável da dignidade da pessoa humana, afastando inequivocamente as opções coletivistas", escreve Passos Coelho no prefácio do livro "Contributos para uma Social-Democracia Portuguesa".

O atual primeiro-ministro acrescenta que o "personalismo" que caracteriza o PSD "assume o compromisso inabalável pela defesa da liberdade individual" e aponta como outro traço identitário que se mantém "uma disposição interclassista e popular assente na defesa da identidade nacional e na promoção da mobilidade social".

Segundo Passos Coelho, "os fundadores do PSD viram longe", mas justifica-se que o programa do partido seja novamente revisto porque as mudanças do país e do mundo nos últimos 40 anos "não foram ligeiras" e este "tem de estar sintonizado com o que é, e deve ser, mutável".

Por sua vez, Aguiar-Branco assina a introdução do livro com as conclusões do Gene PSD, referindo que este realizou dezenas de reuniões e recolheu centenas de contributos, sendo, por isso, "um livro sem dono" e "sem autor".

Neste livro de quase 300 páginas são citadas intervenções ou documentos escritos de Rui Ramos, Francisco Pinto Balsemão, Pedro Lomba, Paulo Rangel, Pedro Roseta, Nuno Morais Sarmento, Abílio Morgado, Luís Marques Mendes, Mira Amaral, José Miguel Júdice, Rui Rio, António Pinto Leite, Miguel Morgado, Henrique Monteiro, Miguel Veiga, Passos Coelho e Aguiar-Branco, entre outros.

A meio de 2010, depois de ter sido eleito presidente do PSD, Pedro Passos Coelho deu início a processos de revisão dos estatutos e do programa do PSD, criando duas comissões para esse efeito, lideradas, respetivamente, por Rui Machete e por Aguiar-Branco.

Uma vez recebidas as conclusões dessas duas comissões, caberá à Comissão Política do PSD alterá-las ou não e apresentar as suas propostas ao Conselho Nacional para que este as aprove e, por sua vez, as submeta ao Congresso.

O Conselho Nacional do PSD deverá reunir-se em fevereiro com esse objetivo.

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