Açoriano Oriental
Eurovisão: Vencedor é decidido hoje com Suécia, Áustria e França como países favoritos

A final do 69.º Festival Eurovisão da Canção é disputada em Basileia, na Suíça, por 26 países, incluindo Portugal, com Suécia, Áustria e França como favoritos à vitória.

Eurovisão: Vencedor é decidido hoje com Suécia, Áustria e França como países favoritos

Autor: Lusa

Os 26 países em competição na final são, por ordem de atuação: Noruega, Luxemburgo, Estónia, Israel, Lituânia, Espanha, Ucrânia, Reino Unido, Áustria, Islândia, Letónia, Países Baixos, Finlândia, Itália, Polónia, Alemanha, Grécia, Arménia, Suíça, Malta, Portugal, Dinamarca, Suécia, França, São Marino e Albânia.

De acordo com a média de várias casas de apostas, calculada pelo ‘site’ eurovisionworld.com, especializado no concurso, pelas 17:00 de sexta-feira, os três favoritos a vencerem este ano o concurso são Suécia, Áustria e França.

A Suécia é representada pelos KAJ, trio formado na Finlândia, que junta os cantores e comediantes Kevin Holmström, Axel Åhman e Jakob Norrgård.

O grupo apresenta a canção “Bara Bada Bastu” ("Vai fazer uma sauna", numa tradução livre para português), que é o primeiro tema em sueco com o qual a Suécia compete desde 1998.

A representar Áustria está o contratenor austríaco-filipino JJ, que participou no programa televisivo austríaco de talentos “Starmania”, e atualmente atua na Ópera de Viena, tendo já participado em várias produções.

Além disso, o intérprete da canção “Wasted Love” estuda música clássica na MUK – Universidade Privada de Música e Arte de Viena.

França é representada por Louane, filha de uma luso-brasileira, que morreu em 2014 devido a um cancro, quando a cantora tinha 17 anos, e a quem é dedicada a canção “Maman”, que a jovem francesa irá interpretar no palco da Eurovisão.

Louane Emera, de 28 anos, é também atriz, tendo sido distinguida em 2015 com o prémio César (os ‘Óscares franceses’) de Atriz Revelação, pelo seu papel em “A família Bélier”, de Eric Lartigau.

À semelhança de tantos outros cantores, Louane tornou-se conhecida no seu país ao participar, em 2013, no programa televisivo de talentos "The Voice". Em 2016, editou o álbum de estreia, “Chambre 12”, que foi o mais vendido em França nesse ano.

A cantora tem estreia marcada nos palcos portugueses em 16 de abril do próximo ano, no LAV – Lisboa ao Vivo.

O top5 dos favoritos a vencer este ano a Eurovisão fica completo com os Países Baixos, com a canção “C’est l’a vie”, interpretada por Claude, e a Finlândia, com “Ich Komme” interpretado por Erika Vikman.

Portugal surge bem longe do pódio. Pelas 17:00 de sexta-feira, a canção portuguesa “Deslocado”, dos Napa, surgia no 25.º lugar.

As previsões das casas de apostas não passam de previsões. Este ano, passagem de Portugal à final não era expectável, com o país a surgir entre os cinco menos votados na primeira semifinal, nas casas das apostas. Contra essas expectativas, os Napa irão subir hoje ao palco da St. Jakobshalle.

A 69.ª edição do Festival Eurovisão da Canção começou com 37 países concorrentes, mas só 26 estão hoje na final.

Dez foram escolhidos na primeira semifinal, na terça-feira, outros dez na segunda, na quinta-feira, e há seis com entrada direta na final: os chamados ‘Big5’ (Alemanha, Espanha, França, Itália e Reino Unido) e o país anfitrião, a Suíça, vencedor do concurso no ano passado.

Esta edição está a ficar marcada pelo conflito israelo-palestiniano, à semelhança do que aconteceu em 2024, embora este ano tenha sido mais calmo, segundo relatos de vários órgãos de comunicação social que estão a acompanhar o concurso em Basileia.

No ano passado, em Malmö, na Suécia, houve protestos nas ruas e dentro da arena que acolheu o concurso, em relação à participação de Israel, com vaias ao seu representante, Eden Golan, durante as várias atuações.

Na quinta-feira à tarde, durante o ensaio oficial, seis pessoas foram expulsas da St. Jakobshalle por “interromperem”, com vaias e assobios, a atuação da representante israelita, Yuval Raphael.

Segundo a agência EFE, à noite, a segunda semifinal decorreu sem incidentes, com algumas vaias quase inaudíveis no início da atuação da representante israelita.

Há um ano, eram cerca de 30 mil as mortes registadas de palestinianos, causadas pela ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza, número que é atualmente de cerca de 53 mil, na sua maioria civis, entre os quais muitas crianças.

Yuval Raphael é uma das sobreviventes do ataque do grupo extremista islamita Hamas em solo israelita, em 07 outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, e após o qual teve início a atual ofensiva militar israelita.

A presença de Israel no concurso este ano foi contestada por artistas que já participaram no concurso e pela televisão pública espanhola.

Mais de 70 músicos, entre os quais Salvador Sobral, António Calvário, Fernando Tordo, Lena D’Água e Paulo de Carvalho, apelaram à União Europeia de Radiodifusão (UER), para que excluísse a participação de Israel.

Numa carta aberta, os subscritores justificam o apelo com o facto de considerarem a televisão israelita KAN “cúmplice do genocídio contra os palestinianos em Gaza”.

A carta, publicada conjuntamente pela organização não-governamental Artists For Palestine e pelo movimento Boycott, Divestment, Sanctions (Boicote, Desinvestimento e Sanções, em português, BDS), é assinada por cantores, compositores, músicos, bailarinos e membros de coro de vários países.

A televisão pública espanhola, RTVE, pediu a “abertura de um debate” sobre a participação da KAN no festival da Eurovisão, numa carta dirigida à UER.

O pedido da RTVE surgiu depois de terem sido lançadas petições na Finlândia, no final de março, pedindo à televisão pública finlandesa Yle que pressionasse a UER para excluir Israel da edição de 2025, por causa da guerra em Gaza.

A final pode ser acompanhada em Portugal em direto, a partir das 20:00, na RTP1, na RTP Internacional e na plataforma RTP Play.

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