Açoriano Oriental
Madeira salienta trabalho de conservação na reserva das Desertas que comemora 30 anos

O secretário regional do Ambiente da Madeira, Eduardo Jesus, deslocou-se às Ilhas Desertas para assinalar os 35 anos da constituição da reserva natural, destacando os cuidados que têm existido na preservação daquela área


Autor: Lusa/AO Online

“Esta é uma reserva que caracteriza também muito bem a política que tem sido seguida pela região ao longo de muitos anos”, realçou Eduardo Jesus, referindo-se “ao cuidado que tem existido ao nível da preservação e conservação da natureza, quer seja em terra, quer seja no mar”.

O secretário regional do Turismo, Ambiente e Cultura, Eduardo Jesus, falava no âmbito de uma visita às Ilhas Desertas, localizadas a 25 quilómetros a sudeste da Madeira e reserva natural desde 1990.

“E esta é uma política cada vez mais precisa, cada vez mais reclamada e, ao mesmo tempo, cada vez mais desejada, porque se não existir este cuidado e não existir uma intervenção com esta linha de orientação, é o nosso futuro que está em causa”, disse.

O governante recordou que foram os lobos-marinhos que despertaram a atenção para o cuidado com aquela área pouco antes de 1990, numa altura em que a população era de seis a oito unidades.

“Hoje em dia estamos já a falar em cerca de 30, o que significa que esse esforço foi bem compensado”, salientou, enaltecendo o trabalho desenvolvido pelos vigilantes do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) responsáveis pela reserva.

A vigilância das Desertas é feita por equipas de três profissionais, que são rendidos de 15 em 15 dias.

Além dos lobos-marinhos, há nas Desertas as aves freira-do-bugio e alma-negra, que são espécies “que têm sido motivo da conquista da atenção de grandes projetos internacionais”, destacou Eduardo Jesus.

Existem também “outras espécies ao nível da flora que também são protegidas e que são, algumas delas, até endémicas”, referiu o secretário do Ambiente.

Segundo indicou, as Desertas recebem entre cinco a seis mil pessoas por ano, mediante autorização prévia e respeitando as regras do espaço, no âmbito de visitas turísticas e também ao abrigo de vários projetos de investigação.

O percurso de visita contém vários painéis com informações explicativas sobre a reserva e os cuidados a ter, não sendo possível visitar as ilhas na totalidade.

“Tudo isto coloca a Madeira numa boa referência internacional e, acima de tudo, com o reconhecimento que tem a ver com essas opções que foram tomadas, mas acima de tudo com o contributo que nós estamos a deixar para a humanidade”, assinalou Eduardo Jesus.

A Reserva Natural das Ilhas Desertas, com uma área total de 12.586 hectares, é delimitada pela batimétrica dos 100 metros e inclui todas as ilhas e ilhéus.

As Ilhas Desertas compreendem três ilhas: Ilhéu Chão, Deserta Grande e Bugio.


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