Açoriano Oriental
Negócios e Finanças
Maconde chega a acordo de princípio com a banca
A Maconde chegou a um acordo de princípio com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o BCP que garante a solvência da empresa, anunciou o presidente da mesa da assembleia geral da têxtil.

Autor: Lusa / AO
António Leite Tavares falava no Ministério da Economia, após reuniões com a CGD e o Banco Comercial Português (BCP), num processo intermediado pelo Ministério de Manuel Pinho.

Leite Tavares disse que este acordo permitirá salvaguardar “a quase totalidade dos postos de trabalho” da Maconde, que emprega mais de 500 pessoas.

O ministro da Economia, Manuel Pinho, disse que este processo foi acompanhado, desde a primeira hora, pela Secretaria de Estado da Indústria e que o acordo conseguido é complexo e será formalizado nos próximos dias.

“O sector do têxtil e vestuário é um sector tradicional, que está totalmente exposto à concorrência internacional, mas que está a saber reagir através de um aumento da competitividade”, disse Pinho.

Leite Tavares afirmou que a estratégia da Maconde passa por continuar a afirmar-se no mercado internacional, garantir os postos de trabalho “e crescer”.

Este acordo conclui um processo iniciado em Março, para resolver o problema do estrangulamento da Maconde, empresa têxtil de Vila do Conde que tem um passivo de 32 milhões de euros.

A empresa, que nasceu do investimento de um grupo estrangeiro em Vila do Conde, em 1969, chegou a empregar mais de 2.000 trabalhadores, em cinco fábricas, mas em 2002 começou a encerrar unidades, as últimas das quais no ano passado, em Braga e na Póvoa do Varzim.

A única unidade restante do grupo, de Vila do Conde, ainda é a maior fábrica têxtil da região.

Em 2006, no âmbito de um plano de reestruturação liderado pelo então presidente do grupo Mário Pais de Sousa (ex-Vulcano), a Maconde decidiu alienar as lojas Macmoda, Tribo e Zona Franca a três insígnias do grupo Sonae.

Depois da saída de Pais de Sousa em Março deste ano, a empresa tem contado com a colaboração da gestora Maria Cândida Morais (ex-Jornal de Notícias) na elaboração de um novo plano de reestruturação, o qual se aguarda agora ser aprovado pela banca.
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