Autor: AO online
Alonso Miguel referiu que “esta intervenção teve por objetivo, sobretudo, a preservação e valorização desta extraordinária área protegida, integrando-se num vasto conjunto de intervenções realizadas, em curso ou em preparação um pouco por todas as ilhas do arquipélago, com vista salvaguardar a proteção do património natural ímpar dos Açores, dando cumprimento ao disposto no Programa do Governo dos Açores”.
O governante com a tutela do ambiente sublinhou que o Monumento Natural do Pico das Camarinhas – Ponta da Ferraria, integrado no Parque Natural de Ilha de São Miguel, “apresenta uma grande diversidade de estruturas e singularidades geológicas que o tornam num local especial, classificado como Geossítio, no âmbito do Geoparque Açores”, destacando que “é um destino de visitação cada vez mais procurado, alvo de enorme pressão turística, que importa requalificar, ordenar e proteger”.
“Garantimos, deste modo, melhores condições de acesso e usufruto de toda esta diversidade geológica e biológica, bem como de uma evidência da nossa memória histórica coletiva, relacionada com as trincheiras da Segunda Guerra Mundial, que estão presentes no ponto mais a oeste do miradouro”, acrescentou.
Alonso Miguel esclareceu que “pretendeu-se embelezar e dignificar todo este espaço, protegendo e valorizando um conjunto muito significativo de valores naturais, culturais e históricos em presença neste local, com a criação de novas condições de acessibilidade e das necessárias infraestruturas de apoio à visitação, disciplinando também o acesso de viaturas à Ponta da Ferraria, garantindo o respeito pela sua capacidade carga”.
De acordo com o Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, "a requalificação do miradouro, que se apresentava em mau estado de conservação, não dignificando minimamente este local único, permitiu uma organização em três patamares, unidos por um percurso pedonal devidamente integrado na paisagem”.
Alonso Miguel referiu que “o patamar mais elevado, junto ao acesso, fica reservado a zona de miradouro, servindo como zona de transição entre a via automóvel e o ambiente mais resguardado que se pretende no interior do espaço”, acrescentando que “o patamar intermédio contempla uma aprazível zona de merendas, sendo o último patamar novamente uma zona de miradouro, de menores dimensões.
“Procedeu-se ainda à construção de um novo parque de estacionamento, com capacidade para dois autocarros e 68 viaturas ligeiras, três das quais para mobilidade condicionada, bem como à construção de um edifício com instalações sanitárias, área de controlo e áreas técnicas de apoio à manutenção do miradouro”, desvendou.
Berta Cabral destacou, por seu turno, a qualidade da intervenção realizada no Miradouro da Ilha de Sabrina, “que vem melhorar o seu usufruto e ordenar a visitação, protegendo e valorizando ainda mais este local que pelo seu património natural, tem-se tornado num dos sítios mais procurados e e visitados da ilha de São Miguel”.
Para a Secretaria Regional do Turismo Mobilidade e Infraestruturas “este investimento serve vários objetivos, desde logo preservar e dignificar o património natural desta zona, inserida no Pico das Camarinhas, mas também criar um novo e requalificado ponto de visitação turística, de residentes e não residentes, sobre a costa sul da ilha de São Miguel, com esta magnifica vista para um dos mais emblemáticos Faróis dos Açores, o Farol da Ferraria”.
Para Berta Cabral, “a requalificação deste miradouro permitiu a criação de mais um ponto turístico de qualidade nos Açores, criando melhores condições de usufruto deste lugar fantástico, e, em simultâneo, dá um contributo importante para a dispersão dos fluxos turísticos na ilha. A criação de novos e diversificados espaços de lazer e de visitação é fundamental para evitar a sobrecarga dos mais tradicionais como é o caso das Sete Cidades, da Lagoa do Fogo e das Furnas”.
A Ferraria é igualmente um local muito procurado e que segundo Berta Cabral “esta intervenção, através da construção do parque de estacionamento, vem permitir disciplinar o acesso à zona de banhos, assegurando a implementação de uma adequada política de sustentabilidade”.
A obra foi projetada pela Direção Regional de Obras Públicas e envolveu um investimento, de cerca de um milhão de euros, representando mais um contributo importante e um importante passo na valorização do património natural, cultural e histórico.