Fonte da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) indicou que os 13 feridos que vão dar entrada “ainda hoje” no Hospital de Portalegre vão ser transferidos das unidades hospitalares de Castelo Branco e Abrantes (Santarém).

Sete das onze vítimas mortais do acidente já foram identificadas, sendo a maioria da cidade de Portalegre, e os corpos estão no Hospital de Castelo Branco.

Na Câmara de Portalegre está instalado um dispositivo de apoio, gabinete que tem acolhido ao longo do dia várias dezenas de familiares e amigos das vítimas.

Em declarações aos jornalistas, o psicólogo Miguel Arriaga, da equipa de intervenção psicológica na crise dos Bombeiros Voluntários de Portalegre, considerou a situação “muito complexa” e “muito difícil” para as vítimas e familiares.

“Esta é uma situação muito complexa, muito difícil para as vítimas, mas também para os familiares, foi uma tragédia que afeta não só as famílias como a comunidade”, disse.

Miguel Arriaga explicou que o papel da equipa de intervenção psicológica na crise dos Bombeiros Voluntários de Portalegre, que conta com o apoio da GNR e elementos da ULSNA é muito “ específico”, principalmente focado em “ajudar” as pessoas na sua componente física, mas também na componente psicológica.

“Todas as famílias merecem uma atenção mais cuidada, mas todos aqueles que tiveram perdas mais significativas, pessoas que perderam mais do que um familiar, com certeza que vão ter o nosso acompanhamento de uma forma continuada”, disse.

Miguel Arriaga adiantou ainda que a equipa vai estabelecer um “plano continuado” de apoio, em coordenação com as autoridades.

O acidente ocorrido por volta das 8:00 no nó do Carvalhal, no IC8 (itinerário complementar), na zona da Sertã, envolveu um autocarro e provocou 11 mortos e dezenas de feridos, alguns dos quais com gravidade.