Autor: Mariana Lucas Furtado
O jogo entre Santa Clara e FCPorto a contar para os
quartos de final da Taça de Portugal está marcado para as 15h00 de uma
quarta-feira, o dia 7 de fevereiro, e a escolha da hora está a gerar
discórdia entre dirigentes, sócios e adeptos, levando mesmo o presidente
do Santa Clara, Ricardo Pacheco, a pronunciar-se sobre o assunto.
“É uma situação que nos causa alguma tristeza e desilusão, uma vez que estamos a falar num jogo dos quartos de final da Taça, de uma fase de apuramento para as meias finais, e marcar um jogo destes para as 15h00 de um dia de semana é uma decisão muito infeliz”, começou por considerar Ricardo Pacheco.
“Nós temos milhares de sócios, milhares de pessoas
que querem vir ver o jogo e algumas dezenas de simpatizantes do FC Porto
que também ficam prejudicados”, sustentou.
Considerando que o
horário escolhido constitui “uma hora péssima”, o dirigente avançou que
internamente se julgava que a hora da partida pudesse ser um pouco mais
tarde, “nomeadamente às 17h00 ou 18h00”.
Segundo Ricardo Pacheco, o
clube dirigiu um protesto à Federação Portuguesa de Futebol, “mas
infelizmente não tivemos o mínimo do respeito que se exige por um clube
centenário, sediado no meio do Atlântico”.
“A FPF tem de saber que no meio do Atlântico também existe Portugal”, atirou o presidente. “Os sócios do Santa Clara certamente não estão felizes com a situação, o clube lutou contra isto, mas por vezes não depende só de nós”, acrescentou.
Questionado sobre se acredita na existência de “outros
interesses”, o presidente “quer acreditar que não”, mas não tem dúvidas
de que “o Santa Clara poderia tirar uma boa receita deste jogo, mas,
acima de tudo, os açorianos e, em especial, os sócios do Santa Clara,
não merecem este tratamento”, garantiu.
“A nossa indignação foi apresentada e esperamos que no futuro a FPF tenha um tratamento mais correto para com as nossas ilhas”, assegurou Ricardo Pacheco.