Autor: Lusa/AO online
“O Hamas e todo o mundo árabe compreenderam bem a reacção rápida e dura da Rússia face aos acontecimentos na Ossétia do Sul”, declarou Mashaad.
“Partindo das nossas relações com a Rússia e da nossa amizade, compreendemos a resposta da Rússia e o seu esforço ao defender os seus interesses”, acrescentou.
Segundo o dirigente do Hamas, a reacção rápida da Rússia fez “abortar os cálculos dos norte-americanos” no Cáucaso.
“Nem a América, nem Israel querem que a Rússia volte a ser novamente o pólo oposto nas relações internacionais e o conflito na Ossétia do Sul é um dos pontos na vida do regresso à guerra fria”, frisou ele.
Khaled Mashaal considera que “numerosos políticos do mundo árabe pensam que a administração norte-americana tenta, há muito tempo, fechar o cerco à Rússia, realizando por etapas esse plano por várias vias, entre as quais a adesão de alguns países à NATO e a instalação de sistemas antimíssil na Polónia”.
“A luta na região árabe contra os planos da América deu à Rússia tempo para reunir forças e preparar-se para a contenda contra os americanos”, defendeu.
“A resistência firme no Líbano, Palestina e Afeganistão deu à Rússia e China enormes possibilidades de reunirem forças, enquanto a América estava ocupada com outras coisas”, concluiu.
O Hamas junta-se à Bielorrússia, Cuba e Venezuela no apoio à operação militar russa contra a Geórgia.