Açoriano Oriental
Fernando Rosas lamenta morte de "resistente"
O historiador Fernando Rosas lamentou a morte de José Medeiros Ferreira, seu amigo próximo, lembrando o "resistente", o político "de grande craveira e visão2 e que criou os fundamentos da história moderna das relações internacionais em Portugal.

Autor: Lusa/AO Online

 

“Além de um resistente, um político de grande craveira e visão, foi também um historiador das relações internacionais em Portugal. Criou os fundamentos da história moderna das relações internacionais do país, sobre as quais escreveu textos de grande importância”, disse à Lusa Fernando Rosas, que integra a equipa de investigadores do Instituto de História Contemporânea da Universidade Novas, à qual Medeiros Ferreira também pertencia,

O ex-deputado do Bloco de Esquerda lembrou que conheceu Medeiros Ferreira no movimento estudantil de 1962, quando aquele era dirigente da pró-associação de estudantes da Faculdade de Letras, onde foi “um dos mais destacados dirigentes da greve estudantil”.

“Depois teve de exilar-se para não ser preso. Foi desertor da greve colonial e assumiu com grande coragem a sua posição contra a guerra”, disse Fernando Rosas.

De acordo com o também historiador e político, Medeiros Ferreira só regressou do exílio da Suíça, onde esteve como refugiado politico, no 25 de Abril, embora tenha sempre acompanhado os movimentos da oposição, “onde participou de forma muito ativa”.

Fernando Rosas lembrou ainda que continuou a acompanhar a vida do seu amigo, continuando a conviver com o “dirigente e ministro do PS” e depois na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas que ambos frequentaram e na qual chegou a ser aluno de Medeiros Ferreira.

“Agora é hora de homenagear o amigo próximo com o qual partilhei muitos dos meus projetos e angústias, das minhas certezas e incertezas ao longo da vida política do país na democracia”, frisou Fernando Rosas.

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