Autor: Lusa/AO Online
Em entrevista
ao jornal El Español, o social-democrata e antigo primeiro-ministro
português considerou natural que os Socialistas e Democratas (S&D)
assumam a liderança do Conselho Europeu, ficando o Partido Popular
Europeu (PPE) com a presidência da Comissão. “E
aqui, Costa é o melhor posicionado. Porque tem muita experiência, é o
mais conceituado no seu partido e gera consensos. Penso que é normal que
seja o próximo presidente do Conselho Europeu”, defendeu. Durão
Barroso afirmou ainda que “não vê” o presidente do Governo espanhol,
Pedro Sánchez, num cargo na União Europeia uma vez que o político “não
se apresentou como candidato”. Insistindo
que António Costa é o candidato mais consensual “dentro da família
socialista e também fora dela”, Durão Barroso disse estar “em contacto
com todos os níveis de governo europeus”. O
antigo primeiro-ministro português salientou que apesar de António
Costa não pertencer à família política do PPE, em Portugal existe “uma
tradição” de apoio entre socialistas e sociais-democratas para
candidaturas a cargos a nível europeu ou internacional, recordando que o
próprio António Costa, quando era eurodeputado, apoiou a sua eleição
para a Comissão Europeia, cargo que exerceu entre 2004 e 2014. O
primeiro-ministro do Governo PSD/CDS-PP, Luís Montenegro, já anunciou
que o executivo português vai apoiar o nome de Costa para este cargo
europeu. O Conselho Europeu começa,
segunda-feira, um debate sobre cargos de topo da União Europeia (UE),
que deve culminar com uma decisão na cimeira europeia no final do mês. Os
nomes que mais se falam em Bruxelas são os de António Costa para o
Conselho Europeu, de Ursula von der Leyen para um novo mandato à frente
da Comissão Europeia, da primeira-ministra da Estónia para Alta
Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de
Segurança e de Roberta Metsola para reeleição na liderança do Parlamento
Europeu. Apesar da sua demissão na
sequência de investigações judiciais, o ex-primeiro-ministro português,
António Costa, continua a ser apontado para suceder ao belga Charles
Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, a
instituição da UE que junta os chefes de Governo e de Estado da UE, numa
nomeação que é feita pelos líderes europeus, que decidem por maioria
qualificada (55% dos 27 Estados-membros, que representem 65% da
população total).