Autor: AO Online/ Lusa
A proposta consta de um projeto de resolução entregue na Assembleia Legislativa dos Açores, onde os sociais-democratas propõem ao Governo Regional do PS que elabore, “de forma urgente, um plano de recuperação da atividade assistencial na área da saúde, que tenha em conta também a monitorização clínica dos doentes efetuada durante o período da pandemia”.
“O combate à covid-19 é a prioridade atual, com relevância na organização e reestruturação de todas as instituições envolvidas. Apesar desta prioridade, não poderão ser menosprezadas outras patologias que até então estiveram acauteladas”, sublinha a iniciativa legislativa, apresentada em nota de imprensa do PSD/Açores.
A estrutura açoriana do PSD, liderada por José Manuel Bolieiro, sublinha que “há números para além dos da pandemia", salientando ainda que "todas as outras doenças que matam não deixaram de existir”.
“O Governo Regional deve promover o levantamento e elaboração de uma listagem de todos os casos prioritários e programados na região, de cirurgias, consultas e exames complementares de diagnóstico e terapêutica, que foram adiados devido à covid-19”, defende o PSD/Açores.
O PSD/Açores teme ainda que possam “estar a ser adiados diagnósticos que, ao serem realizados tardiamente, se vão tornar em situações potencialmente mais graves, com impacto direto na saúde dos utentes”.
No projeto de resolução entregue no parlamento açoriano, os sociais-democratas propõem também que o executivo regional “mantenha o programa de recuperação de listas de espera cirúrgicas, que deve ser extensivo, mediante programas de recuperação próprios, à realização de consultas e de exames complementares de diagnóstico e terapêutica”.
Até à data já foram confirmados 138 casos de covid-19 nos Açores, 109 dos quais atualmente ativos, tendo ocorrido 20 recuperações (nove em São Miguel, seis na Terceira, quatro em São Jorge e uma no Pico) e nove mortes (em São Miguel).
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 854 pessoas das 22.797 confirmadas como infetadas, e há 1.228 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.