Açoriano Oriental
Cidadãos querem obrigar parlamento a discutir privatização da SATA
Um grupo de cidadãos iniciou esta quarta-feiranos Açores uma recolha de assinaturas com o objectivo de forçar a Assembleia Regional a debater o processo de privatização da companhia aérea SATA anunciado pelo Governo açoriano.

Autor: Lusa/AO online
       "Essa privatização foi anunciada pelo Governo Regional e não sabemos em que moldes irá decorrer e como será garantido o serviço público, nomeadamente no que se refere às tarifas e horários", explicou aos jornalistas José Augusto Correia, um dos responsáveis da comissão Pró-Petição "Transportes Aéreos nos Açores ao Serviço da População".

    O executivo açoriano já anunciou a intenção de proceder, a partir de 2008, à privatização parcial do grupo de transporte aéreo que assegura as ligações entre as ilhas e para o exterior do arquipélago.

    Numa das principais ruas da cidade de Ponta Delgada, onde a comissão deu início à recolha de assinaturas, José Augusto Correia sublinhou que a iniciativa pretende, assim, contribuir para "um esclarecimento" sobre a privatização da transportadora.

    A petição vai estar a circular até Dezembro nas nove ilhas açorianas, junto das comunidades de emigrantes e no continente, e os seus promotores esperam recolher cerca de 3.800 assinaturas.

    Os promotores pretendem, igualmente, a redução dos preços para viagens entre as ilhas e o continente, assim como uma tarifa única para os emigrantes radicados nos Estados Unidos da América e Canadá, independentemente da ilha de destino.

    "Os emigrantes, quando se deslocam aos Açores, pagam duas tarifas, uma para a viagem até São Miguel, e outra para os que vivem nas ilhas mais afastados, caso da Graciosa e Flores", argumentou José Augusto Correia.

    Outro dos pontos que este grupo de cidadãos pretende ver "esclarecido" é a questão das passagens dos "militares americanos, familiares e amigos" da Base das Lajes, cujas tarifas - alegam - estão "reduzidas em cerca de 50 por cento".

    "A SATA é uma empresa pública e co-financiada por dinheiros públicos e pretendemos explicações do Governo Regional sobre esta situação, que é uma discriminação para os açorianos que pagam uma passagem por inteiro", apontou.
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