Açoriano Oriental
Candidato do PPM quer acabar com pensões vitalícias dos políticos
O cabeça de lista do PPM pelo círculo eleitoral do Corvo declarou que se for eleito para o parlamento dos Açores vai avançar com uma medida legislativa para acabar com as subvenções vitalícias dos políticos.
Candidato do PPM quer acabar com pensões vitalícias dos políticos

Autor: Lusa/AO online

"Nós votamos este ano, no parlamento dos Açores, um reforço do orçamento de quase de dois milhões de euros que foi, em grande parte, para pagar subvenções vitalícias, um privilégio absolutamente imoral e inaceitável de que usufruem os políticos", declarou à agência Lusa Paulo Estevão.

O também líder do PPM, que foi deputado na anterior legislatura, considerou que nada justifica que sejam atribuídas subvenções com reformas antecipadas num "valor muito considerável" em detrimento do regime geral de que "beneficiam todos os cidadãos" no setor público e privado.

"Esta situação é absolutamente imoral e significa uma vantagem que os legisladores utilizaram para se beneficiaram a si próprios, agravando-se as contas públicas", afirmou o líder dos monárquicos, sugerindo que este valor poderia ser utilizado na saúde, educação e infraestruturas, entre outras áreas.

Paulo Estevão pretende ainda terminar com a "dança de cadeiras" que permite aos deputados, ex-membros do Governo Regional e elementos das câmaras municipais serem nomeados para empresas públicas com "salários altíssimos", impedindo-os de exercer funções em empresas públicas durante duas legislaturas.

"Fica assim impedido de ser beneficiado com uma colocação política. Se quiser tem que se submeter a concurso público como os outros e não beneficiar do estatuto político que alcançou ao longo da sua vida política e da rede de conhecimentos que tem. É isto que alimenta a corrupção, que é o tráfico de influências", afirmou.

Paulo Estevão vai avançar com outra medida legislativa que visa abolir a norma que impede a criação de partidos regionais nos Açores, onde já existiu o Partido Democrático do Atlântico (PDA), extinto entretanto pelo Tribunal Constitucional.

"Ao contrário do que acontece em todo o resto da Europa, em que existem regiões que são governadas por partidos regionais com um projeto político desenhando para a sua comunidade, como é o caso das Canárias, governada por um partido do arquipélago, queremos partidos regionais nos Açores", defendeu o candidato.

Neste sentido, preconizou que os açorianos possam escolher livremente um projeto político de "dimensão regional" e "com liderança própria", que tenha em consideração aquelas que são as "grandes prioridades da região e as vivências da comunidade" sem "submissão a uma estrutura nacional" comandada a partir de Lisboa.

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