Autor: Lusa/AO Online
Os deputados da comissão de Ambiente do Parlamento Europeu aprovaram a lista com 39 votos favoráveis, 19 votos contra e uma abstenção.
O plano de acção aprovado pela União Europeia (UE) em Dezembro de 2008 para lutar contra o aquecimento global imponha sérios constrangimentos ao sector industrial do espaço comunitário, obrigando o sector a reduzir até 2020 as emissões de CO2 em 21 por cento em relação aos níveis de 2005, ano em que entrou em vigor o Protocolo de Quioto, após um longo processo de ratificação.
O principal instrumento europeu para atingir este objectivo é um mercado de direitos de emissão de gases com efeito de estufa (Emissions Trading Scheme - ETS), já instituído e que é baseado, actualmente, em direitos de emissão gratuitos.
Este mercado permite que as empresas que conseguirem economizar os seus direitos de emissão possam vender esses mesmos direitos a outras mais poluentes.
A Europa prevê que será obrigatório comprar licenças de poluição a partir de 2013.
Em caso de fracasso nas negociações internacionais em Copenhaga, a UE planeou agora uma atribuição gratuita de emissões de CO2 para certos sectores industriais, que estão particularmente expostos nesta matéria.
O objectivo é evitar que as empresas destes sectores desloquem as suas estruturas de produção, por motivos de competitividade, para países com menos "consciência ambiental".
A lista, hoje aprovada pela comissão do Ambiente e que necessita da confirmação da Comissão Europeia, integra vários sectores de actividade, como minas de carvão, estruturas de extracção de petróleo bruto e de gás natural ou de produção de cimento, alumínio ou cobre, mas também fábricas de roupa interior e produtores de vinho.