Autor: Lusa /AO Online
Em declarações aos jornalistas, Bolieiro afirmou que no quadro do PRR estão destinadas à região 5% das verbas do “envelope nacional”, sendo que 1% desse valor (117 milhões de euros) está reservado às empresas açorianas num processo onde “não há intervenção do Governo Regional”.
“O Governo não tem responsabilidade nenhuma nesta matéria, desde logo o Governo Regional. Isso são impulsos da iniciativa privada”, afirmou o presidente do executivo açoriano, em Vila do Porto, em Santa Maria, após uma sessão do Fórum Autonómico.
Hoje, a Antena 1 Açores, citando a lista das avaliações do Instituto de Apoio às Pequenas e Medias Empresas e à Inovação, avança que as candidaturas de algumas empresas açorianas não foram retiradas do processo das Agendas Mobilizadoras, como anunciara Bolieiro.
A 20 de outubro, Bolieiro indicou que, para acabar com as suspeições sobre o Governo dos Açores e sobre as empresas da região que se candidataram às Agendas Mobilizadoras lançadas pela República em julho, os consórcios vão deixar cair as propostas, tendo em vista o reinício do processo, com a garantia, do ministro do Planeamento, de que a região “não perde nem um cêntimo” daquele financiamento.
Hoje, Bolieiro ressalvou que as empresas regionais “não estão impedidas de se candidatar a todos os anúncios de caráter nacional” e realçou a necessidade de “libertar a economia da governamentalização”.
“Estão salvaguardados para aplicação a candidaturas regionais 117 milhões [de eruos]. Portanto, é estarem atentos aos anúncios que são lançados pela Governo da República. Não há intervenção do Governo Regional”, apontou.
Durante a sessão do Fórum Autonómico, o orador, Miguel Rebelo de Sousa, deu o exemplo das Agendas Mobilizadoras como um mecanismo de financiamento para a transição digital das empresas e entidades públicas.
O presidente do executivo açoriano avançou que a região está a “preparar verbas comunitárias” para alocar à transição digital dos Açores.
“Este é um desafio que temos de ganhar. Não podemos perder a oportunidade, mesmo no quadro de financiamento, para adaptarmo-nos a essa transição digital”, afirmou.
Na ocasião, o consultor Miguel Rebelo de Sousa vincou a potencialidade do Açores na área da transição digital, pela possibilidade de “aliar um destino paradisíaco” com a prestação de “serviços de qualidade” para todo o mundo.
“Os Açores conseguem aliar aquilo que é a capacidade de ter uma infraestrutura, porque vão ter o 5G e o cabo de telecomunicações que vai permitir comunicações mais rápidas e eficientes, àquilo que também podem oferecer ao nível da qualidade de vida”, realçou aos jornalistas.
O Governo Regional termina esta quarta-feira uma visita estatutária de três dias à ilha de Santa Maria.