Autor: Arthur Melo
O ano que está a terminar ficou marcado pelo regresso de
vários clubes açorianos ao patamar mais alto de algumas modalidades em
Portugal.
A ascensão mais mediática foi protagonizada pela equipa de
futebol profissional da Santa Clara Açores - Futebol SAD que alcançou o
regresso à I Liga de futebol, feito que foi coroado com a conquista do
título de campeão da II Liga.
A campanha de sucesso culminada em
maio teve “prolongamento” no segundo semestre do ano, já que o Santa
Clara ostenta, até ao momento, a sua melhor participação de sempre na I
Liga, ocupando um fantástico quinto lugar, o que leva a ser considerada
como a “equipa sensação” da prova.
O futebol açoriano também voltou a
ter participação na Liga3, desta feita através do Lusitânia, clube que
também proporcionou o regresso da Região ao mais alto patamar do futsal
nacional, com a sua equipa a conquistar a subida à Liga da modalidade.
Também
o mais alto patamar do andebol nacional voltou a contar com a presença
do Sporting da Horta entre os melhores clubes da modalidade, o mesmo
acontecendo com o Candelária que regressou ao convívio entre os
“grandes” no hóquei em patins.
No voleibol, a Fonte do Bastardo ergueu, pela segunda vez na história, a Taça Federação Portuguesa de Voleibol.
Pinheiro de ouro
As
maiores conquistas desportivas foram, uma vez mais, alcançadas em
modalidades ditas individuais, com destaque para a ginástica aeróbica.
Tiago Pinheiro, do Clube de Atividades Gímnicas de Ponta Delgada (CAGPD), revalidou, ao serviço da Seleção Nacional, o título de campeão mundial júnior, com uma atuação de grande nível em Pesaro, na Itália.
Pinheiro
que ao serviço do CAGPD ajudou o clube a conquistar mais uma Taça de
Portugal e 13 títulos nacionais de ginástica aeróbicas.
No
atletismo, Natacha Candé voltou a estar em grande evidência. A atleta do
Juventude Ilha Verde sagrou-se campeã nacional do pentatlo nos escalões
de Sub-18 e Sub-20, batendo ainda o recorde nacional do Heptatlo no
escalão de Sub-18, em Espanha, tendo ainda superado a melhor marca
nacional do salto em altura no escalão Sub-18, em Beja.
Por seu turno, o colega de equipa, Lourenço Rodrigues, sagrou-se campeão nacional dos 3.000m Obstáculos, no escalão de Sub-23.
O ano fica ainda marcado por nova presença da terceirense Ana Filipe nos Jogos Paralímpicos de Paris.
No
ténis do mesa, a terceirense Júlia Leal brilhou a nível internacional
com a conquista das medalhas de outro (em Sub-15 e Sub-19) no World
Table Tennis Youth Contender, na Bósnia, tendo a mesa tenista do Juncal
alcançado a medalha de ouro no Top 12 nacional.
Estes feitos foram complementados pelas subidas, à II Divisão nacional masculina de ténis de mesa, das equipas da Fanfarra Operária e do Clube União Desportiva do Porto Formoso.
Na vela, o destaque vai para Matilde Moules, do Clube Naval da Praia da Vitória, campeã nacional de juvenis.
No
judo, Guida Ferreira (Clube de Judo de Angra do Heroísmo) e Tomás
França (Judo Clube de Lagoa) foram campeões nacionais de juvenis ,
enquanto que no Karaté o atleta Carlos Leite (Karaté Clube de Ponta
Delgada) conquistou o título de campeão nacional de juvenis em Kata
(forma).
Ainda no Karaté, Martim Melo e José Primo conquistara, ao serviço de Portugal, a medalha de bronze para Portugal.
Destaque
para os títulos de campeã nacional de ténis de praia, em pares
femininos e pares mistos, conquistados por Marta Magalhães e para o
título de campeã nacional sénior de futsal alcançada pela mariense
Alexandra Melo, ao serviço da equipa feminina de futsal do Benfica.
Motores “silenciados”
A maior ilha do arquipélago apenas contou com um evento motorizado federado no ano de 2024. Em abril realizou-se o Azores ECO Rallye, uma prova para veículos elétricos que foi pontuável para o “Europeu” e “Nacional”, um evento de regularidade.
Os ralis, que até tiveram duas provas agendadas, não se
realizaram, em parte devido à situação financeira do Grupo Desportivo
Comercial, mas pelos constrangimentos que o incêndio de 4 de maio no
Hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, provocaram.
O
motocrosse também não registou atividade, devido ao vazio diretivo que o
Rosinhas Volei Clube atravessa desde o final do ano de 2023.
Ainda assim, nas duas modalidades os títulos regionais “voaram” para São Miguel.
Nos ralis, Rúben Rodrigues e Rafael Botelho sagraram-se campeões dos Açores absolutos e das 2 Rodas Motrizes, respetivamente, enquanto no motocrosse Henrique Benevides reconquistou o cetro regional.