Autor: Lusa/AO Online
“Penso que, depois destas declarações sobre armas nucleares, é altura de a Alemanha apoiar as decisões corretas”, afirmou Zelensky numa conferência de imprensa conjunta, em Kiev, com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.
Citado pelas agências noticiosas ucranianas, Zelensky avançou que está a trabalhar com os outros parceiros para que estes se juntem à decisão dos Estados Unidos da América, que após vários meses de hesitação autorizaram no fim de semana passado a Ucrânia a utilizar os mísseis de longo alcance norte-americanos ATACMS contra alvos no território russo.
Zelensky confirmou que detém os mísseis e que já os usou, como anunciou o Ministério da Defesa russo.
Agora o objetivo do líder ucraniano é conseguir que o chanceler alemão, Olaf Scholz, autorize o uso dos mísseis alemães Taurus.
Zelensky tem insistido que só permitindo que a Ucrânia dispare contra alvos militares e logísticos em território russo é que as capacidades das forças armadas da Rússia podem ser prejudicadas.
Putin assinou um decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, permitindo o uso alargado deste tipo de armamento contra qualquer “agressão” por parte de um “Estado não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear”.
A ratificação ocorreu no dia em que assinalam mil dias da ofensiva russa contra a Ucrânia.
“Entre as condições que justificam o uso de armas nucleares está o lançamento de mísseis balísticos contra a Rússia”, segundo o decreto.