“Não era aquilo de que nós estávamos à espera, estávamos à espera de mais. Neste momento, reconhecemos que há um esforço do Governo Regional para minimizar a situação, vamos analisar com calma essa tabela e vamo-nos pronunciar mais tarde. Mas neste momento saio algo preocupado com as pretensões que nós tínhamos e com aquilo que é a remuneração do Governo Regional”, afirmou António Melo.

O presidente da Comissão de Trabalhadores da EDA falava aos jornalistas no final de um encontro com o vice-presidente do Governo dos Açores. Sérgio Ávila, e o secretário regional com a tutela da energia, Vítor Fraga, em ponta Delgada.

António Melo reiterou que os representantes dos trabalhadores da empresa pretendem uma exceção nos cortes previstos no Orçamento do Estado, numa solução idêntica à encontrada, na República, para a Caixa Geral de Depósitos e a transportadora aérea TAP.

“E na Caixa Geral de Depósitos, há ou não há adaptações? Há. Como é que eles a conseguiram, confesso que não sei, o que eu sei é que há e se há para uns deve haver para outros. Agora haver cortes para uns e para outros não há, onde está a justiça do orçamento do estado para 2014?”, questionou o representante da Comissão de Trabalhadores da EDA.

António Melo questionou ainda a finalidade dos cortes nos salários dos trabalhadores, bem como o destino dessas verbas.

“O dinheiro dos cortes dos funcionários da EDA fica aonde? Na EDA? Vai para o Estado? Não vai, ficam para dividendos? Então qual é o objetivo sumário dos nossos cortes?”, afirmou.

A Comissão de Trabalhadores da EDA vai levar o assunto debatido esta tarde com o Governo Regional a um plenário de trabalhadores a agendar para esta semana.

Sérgio Ávila, revelou hoje que o executivo açoriano vai estender às empresas públicas regionais a remuneração complementar, tendo transmitido esta decisão aos representantes dos trabalhadores da EDA e, durante a manhã, à plataforma sindical da SATA.