Sindicatos propõem ao Governo suspensão da privatização da TAP e da greve

A plataforma de sindicatos que representa os trabalhadores da TAP apresentou hoje ao Governo um memorando no qual propõe a suspensão do processo de privatização da companhia e da greve entre 27 e 30 de dezembro.


"Na sequência da proposta do Governo para a criação de um grupo de trabalho, a plataforma de sindicatos apresentou ao Governo um memorando visando a suspensão do processo de reprivatização e da greve convocada para os dias 27 a 30 de dezembro do corrente ano", informou a plataforma em comunicado enviado às redações, sem acrescentar mais informações.

Na passada sexta-feira, o Governo propôs à plataforma sindical a criação de um grupo de trabalho para responder às preocupações dos funcionários, desde que a greve de quatro dias seja desconvocada.

"O Ministério da Economia abriu a possibilidade, mediante o cancelamento da greve, de se constituir um grupo de trabalho liderado pelo secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, que procure trabalhar esses pontos de preocupação dos trabalhadores e foi essa a proposta que deixámos", afirmou, na altura, o ministro da Economia, António Pires de Lima.

Falando aos jornalistas após uma reunião de mais de três horas com a plataforma de sindicatos que representa as 12 estruturas sindicais de trabalhadores da TAP, Pires de Lima reconheceu que as preocupações dos trabalhadores são "legítimas", mas reiterou que "a decisão e o modelo de privatização da TAP não está nem pode estar em causa".

Já hoje, antes de ser conhecida a posição dos sindicatos, Pires de Lima garantiu que o processo de privatização da TAP vai avançar independentemente da posição da plataforma sindical da transportadora aérea sobre a greve marcada para o final de dezembro.

Os sindicatos que representam os trabalhadores da TAP, entre os quais os pilotos, decidiram na quarta-feira avançar com uma greve de quatro dias, entre 27 e 30 de dezembro.

A plataforma que reúne os 12 sindicatos da TAP refere que a greve tem como objetivo "sensibilizar o Governo para a necessidade de travar o processo de privatização" da companhia.

O Governo aprovou no dia 13 de novembro o processo de privatização da TAP, através da alienação de ações representativas de até 66% do capital social da TAP SGPS, ficando o Estado com uma opção de venda de até 34% do capital remanescente, ao adquirente na venda direta de referência, caso faça uma apreciação positiva do cumprimento das obrigações pelo mesmo assumidas no âmbito da reprivatização.

 

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