Autor: Lusa/AO Online
Denish
Pushilin, líder do governo separatista na região de Donetsk, informou que mulheres, crianças e idosos serão os primeiros a ser retirados
da região, perante o agravamento de tensões, e que a Rússia preparou
instalações para acomodá-los. A
autoproclamada república popular de Donetsk, no leste da Ucrânia,
denunciou um aumento nos ataques das forças armadas ucranianas, para
justificar as medidas de evacuação que começam a ser preparadas em larga
escala. Os
separatistas das regiões de Lugansk e Donetsk relataram mais
bombardeamentos por forças ucranianas ao longo da tensa linha de
contacto. Perante
estas informações, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a
situação na região é “potencialmente muito perigosa”. As
manobras de evacuação acontecem num momento em que o
comandante-em-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny,
relatou na rede social Facebook que o seu posto de controlo na região de
Lugansk foi alvo de um ataque por parte dos separatistas, durante a
madrugada de hoje. Zaluzhny
assegurou que os separatistas dispararam tiros com metralhadoras de
grande calibre, morteiros e lança-granadas, a partir da cidade de
Veselaya Gora, não havendo, para já, registo de vítimas entre os
militares ou os civis ucranianos. "Quatro
veículos do comboio humanitário passaram pelo posto de controlo e as
pessoas foram retiradas para um abrigo", disse o comandante-em-chefe do
Exército ucraniano. Num
comunicado, o comando das forças armadas ucranianas destacadas na zona
de conflito também acusou os separatistas pró-Rússia de terem violado o
cessar-fogo 33 vezes desde a meia-noite passada. Contudo,
Zaluzhny garante que não está em curso nenhuma “operação ofensiva ou
bombardeamento de civis”, acrescentando que a ação das forças ucranianas
“são puramente defensivas”. As
forças militares ucranianas salientam que a zona de conflito - que em
quase oito anos provocou mais de 14 mil mortos - continua sob controlo
das forças governamentais.