O anúncio foi feito por Henrique Prata Ribeiro, coordenador da Estrutura para a Saúde Mental dos Açores, durante o primeiro dia do seminário Suicídio sem Tabus, que hoje termina no Teatro Micaelense.
Atualmente, o tempo de
espera para uma consulta de psiquiatria situa-se nos dois anos e meio,
um número que o psiquiatra pretende reduzir até ao final do ano, tendo
como meta os rácios das melhores regiões do continente, que são três
meses de espera.
“Uma vez que temos tido problemas em recrutar recursos humanos nesta área, tanto em psiquiatria, como em pedopsiquiatria, [a bolsa de médicos permitirá] ter a disponibilidade de alguns médicos do continente para virem e fazerem consultas quando vêm aos Açores. Estamos a contar com o apoio da FLAD e temos um projeto assumido de reduzir as listas de espera até ao final do ano”, afirma.
Com
o financiamento assegurado pela FLAD, a previsão de Henrique Prata
Ribeiro é que as consultas se iniciem daqui a duas semanas, estando
neste momento a decorrer a operacionalização das consultas.
Existem já 10 médicos registados como potenciais colaboradores, dos quais, adianta, seis estão identificados e com disponibilidades dadas para vir aos Açores, “a maior parte deles várias vezes, até”.
Estando por acertar o tempo de consulta com o diretor de serviço de psiquiatria do Hospital do Divino Espírito Santo, a prioridade, diz Henrique Prata Ribeiro, será haver consultas de psiquiatria de qualidade.
“São
consultas quase de triagem, em que algumas pessoas vão regressar aos
cuidados de saúde primários, com planos de saúde definidos por estes
médicos para cumprir; e depois as doenças graves vão ser absorvidas pelo
hospital nas suas consultas regulares. Os utentes terão consultas de
acompanhamento de forma regular, consoante a necessidade”.
