Autor: Lusa/AO Online
"Estou convencido de que esta iniciativa poderá trazer vantagens às forças de segurança na região", afirmou Barros Correia, em declarações aos jornalistas à margem das cerimónias comemorativas do Dia do Comando Regional dos Açores da PSP, que se realizaram na Horta, Faial.
O comandante da PSP/Açores referia-se a um diploma aprovado na Assembleia Legislativa Regional, por iniciativa do PS, que recomenda ao Governo Regional dos Açores a criação de um novo modelo de afetação de receitas das coimas e multas aplicadas pela PSP e GNR no arquipélago.
O documento recorda que, entre 1998 e 2009, a PSP e a GNR arrecadaram nos Açores mais de 5,5 milhões de euros em coimas e multas mas, apesar disso, “são públicas e notórias as dificuldades sentidas” pelas forças de segurança nas ilhas, que revelam “carências diversas” ao nível de viaturas, equipamentos e sistemas informáticos.
Atualmente, a região recebe 40 por cento das receitas das coimas e multas aplicadas nos Açores, a PSP e a GNR recebem 36 por cento e os restantes 24 por cento são para o Fundo Regional de Transportes Terrestres.
O diploma aprovado pelo parlamento regional pretende que a parte atualmente entregue à PSP e GNR, a nível nacional, passe a reverter para o Fundo Regional de Transportes Terrestres, que depois definirá por contrato com as duas forças de segurança na região os melhores investimentos para reforçar os seus meios de atuação.
Barros Correia recordou que “faltam meios humanos à PSP nos Açores”, mas acrescentou que esse problema não pode ser uma “dificuldade” para que a polícia faça o seu trabalho e garanta a segurança das pessoas.
Apesar de reconhecer a falta de meios humanos, o responsável da PSP/Açores não se quis comprometer com a reivindicação feita publicamente pelo PSD, que alegou faltarem cerca de 250 efetivos policiais no arquipélago.
“Se eu tiver mais meios, a probabilidade de fazer melhor aumenta, mas continuo a dizer que temos os meios que nos permitem cumprir a nossa missão”, frisou Barros Correia, recordando que as estatísticas de 2010 demonstram que a PSP conseguiu “fazer mais e melhor” sem ter gastado mais dinheiro.
O Comando Regional dos Açores conseguiu aumentar os resultados operacionais "com uma diminuição de 16 por cento dos encargos de funcionamento”, o que foi possível, segundo Barros Correia, com “muita criatividade”.