"Aguardaremos que os órgãos próprios do CDS possam dar uma opinião e também uma decisão em relação ao apoio político que foi prestado por este partido, em coligação com o PSD, a estes dois anos de governação", afirmou Luís Montenegro, aos jornalistas no Parlamento.
O líder da bancada do PSD falava após a comunicação ao país do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em que o primeiro-ministro disse que não tinha aceitado a demissão do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e que ele próprio não se demita.
"Queria dizer em nome do grupo parlamentar do PSD que a situação criada com a demissão do doutor Paulo Portas nos preocupa, sentimos que preocupa também todos os portugueses, e exige um elevado sentido de responsabilidade e um elevado sentido de Estado por todos os intervenientes políticos, aqueles que estão no Governo e também aqueles que estão na oposição", afirmou Montenegro.
"Mantemos firme o propósito de não desperdiçar todo o esforço e todo o sacrifício que foi desenvolvido pelo país ao longo dos últimos dois anos", defendeu.
O líder da bancada do PSD disse aguardar "com serenidade", apesar de afirmar que "a situação tem gravidade e, desse ponto de vista, carece de uma clarificação".
