Em comunicado, o secretariado de ilha do PS sustenta que a Terceira necessita de uma “estratégia para a retoma do turismo externo” assente “na recuperação das seis ligações semanais internacionais que foram suspensas pela pandemia e que não foram restabelecidas (duas com Boston [Estados Unidos da América], duas com Paris [França], uma com Toronto e uma com Montreal [Canadá])”.
O PS/Terceira defendeu ainda o “reforço do investimento na captação de rotas”, a “promoção eficaz do destino Terceira” e a “reversão da decisão de pôr fim aos encaminhamentos gratuitos”, nas ligações interilhas.
“Criou um obstáculo financeiro desnecessário aos passageiros que querendo visitar a ilha Terceira tenham entrado na região, por exemplo, através da ‘gateway’ que centraliza a grande maioria dos voos internacionais”, alertaram.
Os dirigentes socialistas da Terceira criticaram a “redução significativa do número de ligações aéreas diretas” da ilha ao estrangeiro no verão passado, que consideraram “lesiva para a recuperação do setor do turismo”.
Deram como exemplo o crescimento das dormidas no alojamento turístico na ilha em 2021, de 83%, “abaixo, em 34 pontos percentuais, do crescimento regional que foi de 117%”.
“Os resultados desta política errada de redução dos voos internacionais para a Aerogare Civil das Lajes, como foi, em devido tempo, alertado pelo PS/Terceira, travou o crescimento da atividade das empresas turísticas da ilha e limitou o seu contributo para a recuperação económica e social da região”, salientaram.
O PS/Terceira alertou ainda que no verão de 2022 está prevista “apenas mais uma ligação internacional” à ilha, com Londres, quando para a ilha de São Miguel, a maior do arquipélago, foram anunciadas mais rotas.
“Destas 150 ligações internacionais com a região, apenas oito, ou seja, 5%, têm como destino a Aerogare Civil das Lajes”, frisaram.
Para
o PS, “a inversão” da atual “política de marginalização da Aerogare
Civil das Lajes, não se faz, em vésperas de um ato eleitoral, através de
visitas de circunstância à infraestrutura e da apresentação, também ela
de circunstância, de uma resolução que recomenda ao Governo [Regional]
que faça aquilo que, por sua iniciativa, até agora não quis fazer”.
