Açoriano Oriental
PS/Açores questiona Governo Regional sobre alternativa à fábrica da Cofaco do Pico

O PS/Açores questionou este sábado o Governo Regional sobre o ponto de situação de um projeto alternativo à fábrica de conservas da Cofaco que fechou em 2018, na ilha Pico, alegando que esses contactos foram iniciados pelo anterior executivo.

PS/Açores questiona Governo Regional sobre alternativa à fábrica da Cofaco do Pico

Autor: Lusa /AO Online

“De forma necessariamente reservada, mas previdente, o anterior Governo Regional do Partido Socialista começou a trabalhar em alternativas, encetando contactos com outros empresários a nível nacional desse ramo, tendo em vista a apresentação das potencialidades desse tipo de investimento na ilha do Pico, em particular, e da indústria conserveira em geral”, refere o deputado socialista Miguel Costa, eleito pela ilha do Pico, em comunicado de imprensa.

Segundo o deputado, o anterior executivo açoriano participou, em meados de setembro de 2020, na reunião bilateral entre a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe e a sua congénere espanhola, na cidade do Porto, e, “dos contactos aí efetuados, resultou o interesse de um empresário para a instalação de uma nova empresa da indústria conserveira na ilha do Pico, alternativa ao projeto da Cofaco”.

Num requerimento dirigido ao novo executivo regional de coligação PSD/CDS-PP/PPM, que tomou posse em novembro de 2020, Miguel Costa pergunta qual o ponto da situação dos contactos sobre este investimento alternativo.

Em maio de 2018, a conserveira Cofaco, dona do atum Bom Petisco, encerrou a fábrica da ilha do Pico, despedindo 162 trabalhadores, com o compromisso de abrir uma nova fábrica até janeiro de 2020, com capacidade inicial para 100 trabalhadores e a possibilidade de aumentar o efetivo até 250.

“Apesar de toda a disponibilidade manifestada, quer pelo XII Governo Regional, quer pela autarquia da Madalena, quanto à construção de uma nova unidade fabril pela Cofaco na ilha do Pico, o tempo decorreu sem que o promotor privado desse início às obras com as quais se havia comprometido”, afirma o deputado socialista.

Miguel Costa salienta ainda que, esta semana, “vieram a público notícias que confirmam a desistência da Cofaco quanto ao projeto de construção dessa fábrica”, embora admitindo que o atraso no arranque do projeto já fazia antever esta possibilidade.

“Esta situação contribuiu para a perceção, quer de entidades públicas, quer de entidades privadas, que essa empresa, que pretendia construir essa nova unidade industrial de laboração de atum, poderia, como veio a acontecer, violar a confiança que nela depositaram todos quantos, a bem dos trabalhadores da Cofaco e a bem da economia da ilha do Pico, se empenharam para que esse investimento fosse uma realidade”, salienta.

O Sindicato das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Comércio, Escritórios, Hotelaria e Turismo dos Açores denunciou, em meados de fevereiro, que ainda não tinha sido regulamentada a majoração de apoios sociais destinada aos ex-trabalhadores da Cofaco do Pico, aprovada pela Assembleia da República em setembro de 2020, alertando que a maioria perderia acesso ao subsídio de desemprego em abril e maio.


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