Autor: Lusa/AO Online
Segundo as estatísticas da atividade turística divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (29,4% dos proveitos totais e 30,8% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (28,1% e 27,2%, respetivamente) e do Norte (16,2% e 16,7%, pela mesma ordem).
Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem na Região Autónoma dos Açores (+21,3% nos proveitos totais e +21,6% nos de aposento) e na Madeira (+15,1% e +17,9%, respetivamente).
No mês em análise, o setor do alojamento turístico registou 3,3 milhões de hóspedes (+2,8%) e 8,4 milhões de dormidas (+2,4%).
Considerando o terceiro trimestre de 2024, os proveitos totais cresceram 9,0% e os relativos a aposento aumentaram 9,3% (+10,9% e +10,7% no segundo trimestre, respetivamente), refletindo o crescimento de 3,0% das dormidas (+2,9% no segundo trimestre).
De acordo com o INE, o aumento das dormidas deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 3,9%, enquanto as de residentes registaram um crescimento de 1,1%.
Desde o início do ano, os proveitos – totais e de aposento – registaram ambos um crescimento mais acelerado (+10,7%), para 5.326,4 e 4.130,9 milhões de euros, do que o verificado nas dormidas (+3,9%, com aumentos de 1,3% nos residentes e de 5,0% nos não residentes).
O instituto estatístico ressalva que os resultados do segundo trimestre “foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que este ano se repartiu entre março (primeiro trimestre) e abril (segundo trimestre), enquanto no ano anterior se concentrou apenas no segundo trimestre.
No mês de setembro, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 95,5 euros (+9,6%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 138,4 euros (+9,1%).
Segundo destaca o INE, “o crescimento destes indicadores voltou a acelerar, depois de três meses consecutivos de abrandamento”.
O ADR atingiu os valores mais elevados na Grande Lisboa (182,3 euros) e no Algarve (144,2 euros).
No mês em análise, o crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento: na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 86,5% e 85,01% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 11,7% e 12,4%, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local se registaram aumentos de 13,0% nos proveitos totais e de 13,7% nos proveitos de aposento (quotas de 9,4% e 11,0%, respetivamente).
Já no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 4,1% em ambos), os aumentos foram de 16,7% e 15,4%, respetivamente.
Em setembro, o município de Lisboa concentrou 17,7% do total de dormidas, atingindo 1,5 milhões (+1,8%, após +5,1% em agosto), tendo as dormidas de residentes diminuído 9,6% e as de não residentes crescido 3,6%. Este município concentrou 21,5% do total de dormidas de não residentes em setembro.
Albufeira foi o segundo município com maior número de dormidas (915,1 mil, peso de 10,8%) e registou um decréscimo de 0,8% (-0,4% em agosto). As dormidas de residentes aumentaram 4,6% e as dos não residentes diminuíram 2,3%, tendo este município concentrado 8,7% do total de dormidas de residentes e 11,7% das de não residentes em setembro.
Já no Porto, as dormidas totalizaram 637,8 mil (7,6% do total), um crescimento de 1,9% (+6,8% em agosto), com o contributo das dormidas dos residentes (+3,6%) e dos não residentes (+1,6%).
O Funchal (562,8 mil dormidas, peso de 6,7%) apresentou um crescimento de 0,4% (+0,8% em agosto), para o qual contribuíram as dormidas de não residentes (+2,8%), já que as dormidas de residentes diminuíram 15,1%.
Em todos os 10 municípios com maior número de dormidas em setembro, as dormidas de não residentes superaram as dos residentes, nota o INE.
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 3,5 milhões de hóspedes e 9,2 milhões de dormidas em setembro, refletindo crescimentos de 2,5% e 2,2%, respetivamente.
As dormidas de residentes diminuíram 0,6% e as de não residentes cresceram 3,5%.